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Rumo negocia estender prazo de concessão da ALL

Empresa argumenta com governo que nova empresa, formada depois da incorporação da ALL, precisará de um grande volume de investimentos

Por Da Redação
11 abr 2014, 19h41

A Rumo Logística, controlada pelo grupo Cosan, deu início a conversas com o governo federal para estender o prazo de concessão das malhas da América Latina Logística (ALL), que vencem entre 2026 e 2028. As discussões vão ganhar corpo quando a proposta de incorporação pela Rumo da ALL for aprovada pelos acionistas.

O argumento da Rumo é que, se a nova companhia for criada, ela precisará de aportes significativos e, por isso, seria necessário estender a concessão para que o grupo possa obter o retorno do investimento a ser feito na malha.

As conversas entre a Rumo e a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) já começaram com consultas informais, segundo fontes ligadas ao governo, e deverão seguir adiante assim que a operação for também aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Procurada, a Cosan não comenta o assunto.

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Durante as conversas com o governo, a Rumo, controlada pela Cosan, apresentou proposta bilionária de investimento na ferrovia. O orçamento ainda não foi totalmente definido, mas deve ficar próximo de 10 bilhões de reais para os próximos anos. Não houve no governo sinal de objeção durante essas discussões para estender o prazo das concessões. “A extensão do prazo é factível, considerando que a nova companhia pretende fazer investimentos e tem pela frente um curto período até o fim da concessão”, disse uma fonte ligada ao governo.

A ALL opera quatro concessões: a malha sul, que expira em 2027; a malha paulista, que vence em 2028, e é considerada a mais estratégica porque vai até o Porto de Santos; a malha norte, com prazo até 2079, além da malha oeste, até 2026. Juntas, essas malhas somam cerca de 13 mil quilômetros.

No ano passado, o governo federal chegou a ameaçar tirar a concessão da ALL, cedida nos anos 90, após receber inúmeras reclamações de má prestação de serviço aos clientes pela companhia.

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As negociações para a entrada do grupo comandado por Rubens Ometto na companhia férrea foram vistas com bons olhos pelo governo, uma vez que a mudança de gestão no grupo dará maior dinamismo aos negócios da empresa.

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Acordo – A reunião com o Conselho será feita na próximo terça-feira e o mercado espera que seja aprovada. O acordo para a incorporação da ALL pela Rumo depende da aprovação de todos os acionistas. Os fundos de pensão Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e Funcef (da Caixa Econômica Federal), além do BRZ (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis, Forluz e Valia), devem dar seu aval até terça-feira. A Previ, que era considerada a mais resistente ao acordo, vê a proposta do grupo Cosan com “um viés positivo”, segundo fontes. A Funcef deverá também dar seu aval logo. O acordo de acionistas exige que pelo menos 75% do bloco de controle concorde com a operação para validá-la.

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Se aprovada pelos acionistas, a proposta terá 30 dias para ser levada para assembleia. A expectativa de que o acordo seja aprovado é tão grande que as companhias planejam fazer coletiva com a imprensa quarta-feira.

Pela proposta da Cosan, a Rumo fica com 27,4%, controladora da nova companhia. Somados seus acionistas – TPG e Gávea, sobe para 36,5%. Os 63,5% restantes ficam com os acionistas da ALL e mercado. Mas um acordo entre a Rumo e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) garantirá ao grupo Cosan uma fatia de 44%. Paralelamente, as duas empresas, Rumo e ALL, travam uma briga na Justiça para discutir o contrato de fornecimento de açúcar, firmado entre as duas empresas em 2009. A expectativa é de que o litígio se encerre assim que a fusão for fechada.

Nos bastidores, a Cosan já está preparando a sucessão dos principais executivos que compõem a companhia. A ideia é dar maior dinamismo à gestão da ferrovia, considerada travada pelos futuros controladores e mercado.

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(com Estadão Conteúdo)

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