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Rombo nas contas externas soma US$ 6,9 bilhões em abril

Resultado ficou acima da estimativa do Banco Central, que prevê até o final do ano um déficit de 84 bilhões de dólares

Por Da Redação
26 Maio 2015, 11h34

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,90 bilhões de dólares em abril, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira. O número ficou acima do esperado pela autoridade monetária e por analistas de mercado que estimavam uma cifra de 6 bilhões e de 6,7 bilhões de dólares, respectivamente. Na comparação com abril de 2014, no entanto, o rombo é 25% menor. No acumulado do ano até abril, o déficit calculado foi de 32,46 bilhões de dólares. Para 2015, o BC estima que o déficit será de 84 bilhões de dólares, o que corresponde a 4,42% do Produto Interno Bruto (PIB).

Nos últimos doze meses, o rombo nas contas externas foi de 100,22 bilhões de dólares, ou 4,53% do PIB. O levantamento cuja metodologia foi alterada neste ano, leva em conta as transações internacionais relativas aos setores de comércio, serviços e rendas. Devido às alterações, a série histórica foi reduzida e há poucos dados disponíveis a partir de janeiro de 2014. Anteriormente, as informações iam até 1947.

Assim como no mês passado, o rombo foi impactado principalmente pela conta de serviços, que ficou negativa em 3,5 bilhões de dólares, puxada sobretudo pelo aluguel de equipamentos no exterior, como sondas de exploração de petróleo. Também contribuiu para o resultado a conta de viagens, que representa a diferença entre o que os brasileiros gastam no exterior e o que os estrangeiros desembolsam no país, que registrou déficit de 1,2 bilhão de dólares.

O desempenho da balança comercial (diferença entre exportações e importações), no entanto, ficou positivo em 280 milhões de dólares em abril. Seguindo a tendência de março, a categoria foi beneficiada pela queda nas importações em ritmo superior à retração nas exportações.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que o resultado das contas externas acompanhou o comportamento verificado ao longo do primeiro trimestre, com déficits menores do que os registrados em meses paralelos de 2014. Em abril do ano passado, por exemplo, o resultado ficou negativo em 9,190 bilhões de dólares.

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A previsão de déficit para 2015, 84 bilhões de dólares, também é menor do que a verificada no acumulado do ano passado, de 104,8 bilhões de dólares. “Estamos em trajetória consistente com a nossa projeção de fim de ano”, afirmou Maciel, que apontou o investimento estrangeiro como um dos responsáveis pela desaceleração no aumento do rombo. “O resultado do IDP [Investimento Direto no País] veio superior à nossa estimativa, muito embora o IDP venha mostrando arrefecimento”, avaliou.

Em abril, o IDP somou 5,77 bilhões de dólares, ante projeção de analistas de 4,3 bilhões de dólares. O ingresso, porém, ficou bem abaixo do visto em igual mês do ano passado, de 8,50 bilhões de dólares.

Para maio, o BC prevê que o déficit em conta corrente ficará em 5,4 bilhões de dólares, com o IDP chegando a 4 bilhões de dólares.

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(Da redação)

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