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Riqueza dos 62 maiores bilionários se iguala à de metade da população mundial

Desigualdade de renda aumentou fortemente desde 2010, segundo relatório divulgado na Suíça nesta segunda-feira pela Oxfam

Por Da Redação
18 jan 2016, 08h41

As 62 pessoas mais ricas do mundo têm agora o mesmo volume de dinheiro que a soma de metade da população mundial, o equivalente a cerca de 3,5 bilhões de pessoas, informou nesta segunda-feira a Oxfam, instituição de caridade internacional. O relatório foi divulgado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A riqueza dos 62 mais ricos aumentou 44% desde 2010, enquanto a riqueza dos 3,5 bilhões mais pobres caiu 41%, segundo a Oxfam. Quase metade dos indivíduos super-ricos são dos Estados Unidos, enquanto 17 são da Europa e o restante de países como China, Brasil, México, Japão e Arábia Saudita.

“A preocupação dos líderes mundiais com a crescente crise da desigualdade até agora não se traduziu em ações concretas”, disse a diretora-executiva da Oxfam International, Winnie Byanima, em um comunicado que acompanha o estudo. “O mundo se tornou um lugar muito mais desigual, e a tendência está se acelerando. Não podemos continuar a permitir que centenas de milhões de pessoas passem fome enquanto os recursos que poderiam ser usados ​​para ajudá-las são sugados por aqueles no topo.”

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Da fortuna dos mais ricos, 7,6 trilhões de dólares estão em paraísos fiscais offshore. Se fosse pago imposto sobre esse montante, 190 bilhões de dólares estariam disponíveis para os governos a cada ano, segundo Gabriel Zucman, professor assistente da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Cerca de 30% de toda a riqueza financeira da África é mantida no exterior, o que representa perdas de 14 bilhões de dólares em receitas fiscais todos os anos, disse a Oxfam, referindo-se ao trabalho de Zucman. Esse dinheiro é o suficiente para pagar pelos cuidados de saúde que poderiam salvar 4 milhões de vidas de crianças por ano e empregar professores suficientes para colocar todas as crianças africanas na escola, de acordo com a entidade.

(Com Reuters)

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