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Resultado do PIB veio melhor do que o esperado, mas ainda não anima mercado

Persiste a avaliação de que, com investimento em queda e desemprego em alta, a recuperação da atividade econômica ainda deve demorar

Por Teo Cury Atualizado em 30 jul 2020, 21h06 - Publicado em 1 jun 2016, 14h34

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, queda de 0,3% ante os últimos três meses do ano anterior, veio melhor do que o esperado, mas não chegou a animar o mercado. Persiste a avaliação de que, com investimento em queda e desemprego em alta, a recuperação da atividade econômica ainda deve demorar. Pesquisa da Reuters apontava que o PIB teria queda de 0,8% entre janeiro e março na comparação com o trimestre anterior.

“Precisa haver uma correção nas projeções, mas a percepção de queda forte da economia no ano não muda”, afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que espera, por enquanto, queda de 4% do PIB neste ano.

Em nota, o economista-chefe da consultoria Capital Economics, Neil Shearing, disse que “a queda do PIB no primeiro trimestre foi muito menor do que se esperava, mas apenas por causa do salto nos gastos do governo”. “Com a política fiscal definida para apertar durante a segunda metade do ano, este movimento para a economia vai embora”, diz.

O economista-chefe da Austin Ratings Alex Agostini reforça que os principais responsáveis por puxar a economia para baixo foram os investimentos e a indústria brasileira. “A queda de confiança vem se aprofundando desde 2013. Essa perda [em um momento de crise tanto política como econômica] afeta os investimentos.”

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No caso da indústria, o recuo foi de 1,2% no primeiro trimestre deste ano ante o último trimestre do ano passado. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida de investimento, recuou 2,7% na mesma base de comparação, décimo recuo seguido.

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O economista-chefe da Austin Ratings acredita que, mesmo com o presidente interino Michel Temer, neste segundo trimestre, a situação não deve ser revertida. “Isso porque ele não terá tempo hábil pra reverter este cenário.” Por isso, a agência classificadora de risco confirma sua projeção de retração do PIB de 3,9% para este ano e revisa sua estimativa para 2017 para 0%, ante retração de 0,7%.

Virada – Ao site de VEJA, o professor do Insper João Luiz Mascolo diz que a volta do crescimento econômico virá a partir a partir da retomada do investimento. “Não acredito que haja espaço para estimular o consumo das famílias, nem do governo. “A recuperação futura começa com o estímulo à formação bruta de capital fixo”, diz. “Esta é uma decisão privada, que se dá com o resgate da confiança. A equipe econômica atual está consciente disso”, diz, acrescentando que isso será possível via estabilidade fiscal e comprometimento do Banco Central (BC) em trazer a inflação para a meta.

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(Com Reuters)

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