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Relação de vagas de trabalho por candidato cai 30% em 2015, diz pesquisa

Uma queda como essa só foi observada em 2009, quando o mercado de trabalho sentiu os efeitos da crise financeira global, afirma a Fipe

Por Da Redação
2 mar 2016, 12h37

A recessão econômica, que não poupa o mercado de trabalho, reduziu em 30,7% a relação de vagas de trabalho por candidato em 2015. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados da empresa de recrutamento online Catho. Uma queda da ordem de 30% só foi observada em 2009, quando o mercado de trabalho sentiu os efeitos da crise financeira global,

“Quando o mercado tem mais vagas, o trabalhador tende a ser mais seletivo, negocia salários e benefícios com mais força. Na situação atual, quem está contratando tem a faca e o queijo na mão, podendo barganhar cargas horárias maiores ou remunerações mais baixas”, explicou o economista da Fipe Raone Costa.

A piora nas condições do mercado de trabalho brasileiro ao longo de 2015 se deu apesar de uma melhora no quarto trimestre na quantidade de vagas ofertadas por trabalhadores em busca de emprego. Em dezembro, a alta foi de 4,3% na comparação com novembro. Em outubro e novembro, na margem, o índice também havia avançado 7,2% e 2,7%, respectivamente. De acordo com a Fipe, esse comportamento é sazonal e se deve às contratações temporárias para o fim de ano.

Entre 2008 e 2009 a taxa média de desemprego, calculada pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME), avançou 0,2 ponto porcentual, de 7,9% para 8,1%. Já entre 2014 e 2015 o salto foi dez vezes maior, de 4,8% para 6,8%.

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“Lá atrás, o que acontecia é que as pessoas deixavam de criar vagas, mas não demitiam. A crise foi curta, cerca de seis meses, e logo depois o país voltou a crescer”, detalhou Costa. Ele acrescentou que os elevados custos de demissão levaram os empresários a permanecer com parte da mão de obra ociosa por algum tempo até uma sinalização de retomada econômica.

“Hoje, como já estamos em crise há mais tempo, não só se deixa de gerar vagas, como se manda pessoas embora. Por isso o comportamento da taxa de desemprego está sendo muito diferente nestes dois momentos”, afirmou.

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(Com Estadão Conteúdo)

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