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Refis faz Vale registrar novo prejuízo trimestral: agora de US$ 6,451 bilhões

Com o resultado ruim dos últimos três meses de 2013, lucro da mineradora encolheu para US$ 584 milhões ante US$ 5,454 bilhões de 2012

Por Da Redação
26 fev 2014, 20h23

Doze meses depois de registrar o seu primeiro prejuízo trimestral em dez anos, a Vale voltou a apresentar um número negativo aos investidores. Nesta quarta-feira, a mineradora brasileira reportou um prejuízo líquido de 6,451 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2013, uma perda 146,7% maior do que a apresentada no mesmo trimestre de 2012. O resultado ruim dos últimos três meses do ano passado foi impactado pela adesão da mineradora ao programa de parcelamento de dívidas do governo, o Refis.

O resultado ruim do quarto trimestre só não foi desastroso porque a Vale tinha registrado lucro em todos os trimestres anteriores, como os 3,5 bilhões de dólares do terceiro trimestre de 2013. Com isso, o lucro líquido do ano foi de 584 milhões de dólares – bem abaixo dos 5,454 bilhões de dólares de 2012.

Refis – No último trimestre do ano passado, a Vale aderiu ao Refis, o programa de refinanciamento de dívidas tributárias do governo federal, e desde lá deixou claro ao mercado que o lucro seria fortemente impactado com essa decisão, que colocou fim a um peso sobre a empresa. Com o acordo, a empresa terá de desembolsar, ao todo, 22,325 bilhões de reais (cerca de 9,3 bilhões de dólares), sendo que 5,965 bilhões de reais (2,48 bilhões de dólares) foram pagos à vista no fim de novembro e mais 16,360 bilhões de reais (6,81 bilhões de dólares) em 179 parcelas mensais, corrigidas pela taxa básica de juros, a Selic – agora em 10,75% ao ano, segundo decisão do Comitê de Política Monetária divulgada na noite de quarta-feira. Apesar de grande parte do valor ser pago a prazo, a empresa informou na ocasião que o impacto da dívida em seu lucro apurado em 2013 seria de 20,725 bilhões de reais (8,63 bilhões de dólares).

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A receita operacional líquida alcançou 13,406 bilhões de dólares no último trimestre, aumento de 9,4% na relação anual e de 5,7% na trimestral. No ano, a receita cresceu 0,75%, para 48,050 bilhões de dólares.

Desinvestimentos – Além da adesão ao Refis e o seu consequente forte desembolso, o ano de 2013 também foi marcado pela continuidade do programa de desinvestimentos, no qual a Vale vendeu ativos fora de seu negócio principal.

Ao longo do ano a companhia acumulou mais de 6 bilhões de dólares em venda de ativos, como a Log-in, a norueguesa fabricante de alumínio Norsk Hydro e uma fatia da VLI. As vendas foram bem recebidas pelo mercado já que, para o entendimento dos analistas, o ganho com as vendas ajudaria a empresa a financiar o seu maior projeto, o Serra Sul, no Pará, orçado em 20 bilhões de dólares e que adicionará 90 milhões de toneladas à sua capacidade. Esse é o maior projeto da Vale em curso, que acrescentará maiores volumes a partir de 2016, quando a companhia contará com um minério de baixo custo e de ótima qualidade.

Para 2014, o mercado aguarda novos desinvestimentos, assim como a busca de parceiros estratégicos para alguns projetos. Entre os projetos onde são esperados anúncios para este ano estão o corredor Nacala e os projetos de fertilizantes. No caso do corredor logístico na África, a Vale chegou a afirmar que deverá anunciar até o fim do primeiro semestre deste ano a venda da metade da sua fatia de 70% de Nacala. Outro projeto que pode sair, de vez, do guarda-chuva da mineradora e o de potássio no Rio Colorado, na Argentina.

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Balanço – Embora a Vale tenha adotado desde o primeiro trimestre do ano passado o padrão contábil IFRS (em reais) e abandonando, assim, o USGAAP (em dólares), grande parte do mercado segue acompanhando os números da mineradora a partir de seus dados em dólar.

(com Estadão Conteúdo)

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