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Refinarias no Brasil estão entre mais caras, diz banco

Ampliação do parque de refino volta a ser criticada pelo mercado

Por Da Redação
29 out 2010, 11h10

Polêmicas desde o anúncio do projeto, as novas refinarias da Petrobras estão entre as mais caras do mundo, revela levantamento do banco Credit Suisse. A ampliação do parque de refino – necessária ante o aumento da produção nos próximos anos – voltou a ser criticada pelo mercado como um dos fatores que devem segurar a cotação das ações da estatal.

O argumento é de que o refino, ao contrário da área de exploração, traz margens pequenas de ganho, enquanto exige um volume extraordinário de recursos. Os custos das unidades programadas e a sua localização são os principais alvos de críticas. Estudo preparado pelo analista Emerson Leite, do Credit Suisse, aponta que as refinarias previstas para o Nordeste – Abreu e Lima (PE), Premiuns I (MA) e II (CE) – apresentam maior custo por barril, se comparadas a outras refinarias em construção no mundo no momento, especialmente na Índia e na China.

Enquanto a média de investimentos mundial gira em torno de 18 dólares por barril, no Brasil a média é de 40 dólares por barril. O investimento previsto na Abreu e Lima, por exemplo, deve exceder 12 bilhões de dólares para produção de 230 mil barris por dia. Para uma unidade semelhante na China, a estatal CNOOC investiu 3 bilhões de dólares, indica o relatório. “A principal razão para o aumento dos custos, a nosso ver, é a falta de infraestrutura nos locais escolhidos pela Petrobras para instalar suas refinarias, ou seja, os Estados de Pernambuco, Ceará e Maranhão. Os três localizados em uma área relativamente pouco desenvolvida, com um pequeno mercado de produtos petrolíferos em relação ao Sul e Sudeste, e praticamente sem produção de petróleo”, considera o analista em seu relatório.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sustenta que uma parte considerável dos custos de uma refinaria no Brasil refere-se a “fatores extramuros”, ligados a questões de infraestrutura, o que dificulta comparações. E argumenta que isso ocorre independentemente de regiões, citando como exemplo o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Região Sudeste. “Além da refinaria propriamente dita, os projetos envolvem obras de porto, estradas, geração de energia. São fatores extramuros que não há como comparar, por exemplo, com um investimento no Texas, onde a infraestrutura é muito diferente”.

(Com Agência Estado)

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