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Reclamações contra TIM e Claro disparam; Oi se estabiliza

Desde junho, quando as vendas de chips foram suspensas temporariamente, as queixas só aumentaram; ministro das Comunicações vê "melhora", mas não no padrão "necessário"

Por Da Redação
12 dez 2012, 21h35

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira que, pelas informações que recebeu da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), houve melhora nos serviços das companhias de telefonia e internet móvel. Ele admitiu, porém, que o aperfeiçoamento não se deu no “padrão que ainda precisa ser alcançado”. Balanço divulgado pelo próprio órgão regulador revelou, contudo, que o número de reclamações contra a TIM e a Clara disparou nos últimos meses, ao passo que o da Oi ficou estável.

“O que houve é que o presidente da Anatel (João Batista de Rezende) reafirmou que vai continuar fiscalizando, cobrando, porque ainda não se tem os índices que estão sendo buscados pela agência e que as empresas se comprometeram a atingir”, disse Bernardo, referindo-se às afirmações feitas nesta terça-feira pelo o presidente do órgão regulador.

Em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, Rezende classificou como insatisfatórios os resultados obtidos pelas operadoras de serviços de telecomunicação na fiscalização realizada no final de novembro. “O resultado mostra que as empresas estão trabalhando, mas ainda estão muito longe do ideal. Uma melhora definitiva vai depender do aumento dos investimentos e, enquanto isso, as companhias continuam sendo multadas normalmente”, disse.

A enxurrada de reclamações de consumidores pela má qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia fez o governo intervir no setor neste ano. Em julho, a Anatel proibiu vendas de novas linhas das operadores com pior avaliação em cada Estado. A TIM foi punida em 18 Estados, a Oi em cinco e a Claro em três. Na ocasião, a comercialização dos chips foi autorizada somente depois que as operadoras se comprometeram a investir em melhorias de rede, atendimento ao cliente e outros pontos.

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Balanço – A suspensão temporária nas vendas de chips, de fato, não foi suficiente para reduzir as reclamações sobre a qualidade dos serviços das operadoras. Dados divulgados nesta quarta-feira por Rezende mostram que o número de reclamações de usuários da TIM não ultrapassaram 2 mil por mês até julho. A partir de então, bateram mais de 4 mil em setembro e fecharam outubro na faixa de 3 750. O número de queixas contra a Claro rondava a casa de 1 mil, em julho, e praticamente dobraram em outubro. O dado levou a operadora a superar a Oi, ficando em segundo lugar no número de ligações de clientes insatisfeitos. A Oi, por sua vez, ficou estável, na mesma faixa de 1 250 desde julho.

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As reclamações dos clientes foram um dos critérios usados pela Anatel quando decidiu suspender as vendas no meio do ano. O plano de melhoria definido pela agência em agosto prevê a possibilidade de novas proibições de venda caso as operadoras não cumpram os investimentos prometidos. Ainda nesta quarta, Rezende disse a parlamentares que vem monitorando se as operadoras estão cumprindo o prometido.

Resultado insatisfatório – Fiscalização da Anatel realizada no final de novembro mostrou que o desempenho das teles foi “insatisfatório”. Foi constatado um aumento de 13,8% no número de antenas instaladas nos últimos três meses, mas o número de reclamações mostra que o consumidor está cada vez mais descontente com serviço prestado. Além disso, os investimentos das operadoras ainda as deixam longe das metas impostas pela agência.

Questionado se estão descartadas novas punições às empresas de telefonia, o ministro Paulo Bernardo respondeu que “não gostaria de falar isso” e brincou que o seu aparelho de celular estava com a conexão funcionando.

(com Estadão Conteúdo)

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