Recessão prejudica ajuste fiscal da Espanha

País deve conseguir reduzir déficit fiscal, mas equilíbrio do orçamento não atinge meta acertada com a Comissão Europeia

Por Da Redação
22 jan 2013, 15h17

Fachada do Banco de Valência, na Espanha (Heino Kalis/Reuters/VEJA)

A Comissão Europeia e o Ministério de Indústria, Energia e Turismo da Espanha confirmaram nesta terça-feira que o país não conseguirá reduzir o déficit fiscal para 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção é de que o país tenha conseguido aproximar o déficit público de 7% do PIB.

O equilíbrio do orçamento é parte dos compromissos do país com a comissão após ajuda de 40 bilhões de euros – US$ 53,26 bilhões – para o setor financeiro espanhol. “A consolidação fiscal avançou no terceiro trimestre, mas cumprir a meta de 6,3% para o ano todo, excluindo as recapitalizações de bancos, será muito difícil”, diz a comissão em relatório sobre o plano de ajuste econômico da Espanha.

Os esforços do governo espanhol foram prejudicados por um ano de recessão econômica. A previsão é de que o PIB do país tenha caído cerca de 1,3% no ano passado, segundo o governo.

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“O nível de déficit público estava em torno de 9% no início de 2012”, diz José Manuel Soria, ministro de Indústria, Energia e Turismo. “Embora ainda não tenha sido divulgado o número do déficit para 2012, apresentaremos um ajuste acima de dois pontos porcentuais”, afirmou ele durante sua participação em um fórum econômico em Madri.

Para Soria, o ajuste em relação às contas públicas é muito superior ao que já foi realizado em qualquer outro período de 12 meses.

(Com Estadão Conteúdo e agência EFE)