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Queda no preço da cesta básica será de R$ 10 para o consumidor

Segundo estudo feito por um consultor, o maior ganho da desoneração anunciada pelo governo é político, além de contribuir para aliviar a inflação

Por Da Redação
13 mar 2013, 10h12

A desoneração de oito itens da cesta básica anunciada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira deve ter um impacto de aproximadamente 10 reais no bolso do consumidor. É o que mostra uma simulação feita por Clóvis Panzarini, ex-coordenador de Política Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e hoje consultor especializado em tributação, feita a pedido do jornal O Estado de S. Paulo.

“O maior ganho da desoneração é político”, afirma Panzarini, que também observa que o impacto macroeconômico da desoneração é praticamente irrisório para o bolso do consumidor. “Com essa sobra não dá para comprar um quilo de carne”, observa o consultor. Mas, do ponto de vista da inflação ele acredita que o reflexo será favorável. Em 12 meses findos em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial de inflação, apontou alta de 6,3% – próximo ao teto da meta do Banco Central, de 6,5%.

Leia também: Mantega admite: desoneração da cesta básica é para combater inflação

Metodologia – No cálculo foi usado o preço da cesta básica divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede o custo de vida na cidade São Paulo. No mês passado – o último dado disponível – o paulistano que mora em bairros da zona oeste desembolsava 351,11 reais pela compra de 51 produtos da cesta básica de consumo.

Com as desonerações anunciadas para oito produtos (carnes, café, óleo de soja, manteiga, creme dental, papel higiênico, açúcar e sabonete), o desembolso deve cair para 341 reais – diferença de 10,11 reais, ou 2,88% no gasto mensal. Já o paulistano que mora em bairros do extremo da zona leste, que inclui Itaquera e Itaim Paulista, por exemplo, deve economizar um pouco menos com o corte de impostos: 9,47 reais por mês, ou 2,85%.

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A simulação foi feita com base na hipótese de que a totalidade do corte de imposto seja repassada ao consumidor e pega como exemplo famílias em dois polos opostos da capital paulista – bairros da zona oeste, mais ricos, e os bairros da zona leste, onde predominam famílias de menor renda. A cesta da Fipe considera a lista de compras de uma família de quatro pessoas, com renda mensal familiar entre um e dez salários mínimos (6.780 reais).

Para Panzarini, vale lmebrar que uma distorção apontada pelos resultados da simulação é que toda vez que há desonerações de impostos indiretos os consumidores mais abastados são privilegiados, pois compram maiores quantidades de produtos.

(com Estadão Conteúdo)

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