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Quatro de cada dez brasileiros já têm contas atrasadas

Com crescimento da inadimplência de 5,45% em setembro, 57 milhões de brasileiros estão com o nome registrado em cadastro de devedores, diz CNDL

Por Da Redação
9 out 2015, 16h14

O número de consumidores brasileiros com contas atrasadas registrou um crescimento de 5,45% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o indicador de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), até o fim do mês passado, havia um total de 57 milhões de pessoas com o nome registrado em cadastro de devedores, o equivalente a 38,9% da população adulta do país.

Entre janeiro e setembro, o número de CPFs negativados cresceu em aproximadamente 2,4 milhões. Em setembro, também cresceu a quantidade de dívidas não pagas: 6,63%, comparado com o mesmo mês de 2014. Na avaliação do SPC Brasil, os dados refletem a perda de dinamismo da economia brasileira e a deterioração do mercado de trabalho.

“Fatores econômicos como a inflação elevada, alto custo das taxas de juros e o aumento do desemprego têm afetado a capacidade de pagamento dos consumidores”, diz o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

O estudo traz também a expectativa para o Dia das Crianças. Na média, as pessoas disseram que vão gastar 159 reais com a data comemorativa, o que representa uma queda de 43% em relação a 2014. “O Dia das Crianças em 2015 certamente vai ser bem mais fraco do que a gente viu no ano passado”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Maiores atrasos – No levantamento de setores com as maiores taxas de atraso, as altas mais expressivas estão nas pendências de serviços básicos, como contas de luz e água (12,55%). Em seguida, aparecem as dívidas bancárias (10,32%), que correspondem a quase a metade das dívidas do País.

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Com relação à divisão por regiões, o Nordeste foi o que mais avançou nas dívidas em atraso, com 7,85%, quando a média nacional foi de 5,45%. O estudo pondera que o Sudeste mantém a maior participação do país nas dívidas em atraso, com 40,31% do total.

De acordo com a economista do SPC, está difícil traçar perspectivas de melhora, porque as variáveis políticas têm tido forte impacto na economia e não há certeza sobre como a situação vai se desenrolar. “A luz no fim do túnel não está no início de 2016. Está do meio para o fim do ano que vem”, avalia.

O estudo registra ainda que a inadimplência de consumidores com idade entre 65 e 84 anos cresceu 10,92% no mês. Por outro lado, entre os mais jovens, entre 18 e 24 anos, o número de endividados caiu 8,95%.

O SPC Brasil levantou ainda a variação nas consultas feitas por lojistas ao banco de devedores no momento das vendas a prazo. No mês de setembro, houve queda de 6,87% nessas buscas, o que reflete a retração no nível de atividade no varejo.

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De acordo com a entidade, o brasileiro está reticente com relação ao consumo. “O principal fator responsável pela retração das vendas nos últimos meses é a falta de confiança do consumidor, que tem evitado tomar crédito para não comprometer ainda mais o orçamento familiar”, avalia.

Leia mais:

Inadimplência atinge mais da metade das empresas do país

(Com Estadão Conteúdo)

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