O relatório semanal Focus mostrou que o mercado está mais pessimista nesta semana. A mediana de projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) aponta para queda de 0,66% ante desaceleração econômica de 0,58% no relatório anterior. Para 2016, os economistas ouvidos pelo Banco Central para o Focus apostam em crescimento da economia em 1,40%, também menor do que o esperado anteriormente (1,50%).

Com relação à alta de preços, os economistas elevaram pela 10ª semana consecutiva a estimativa para a inflação. A mediana das projeções apontou para alta de 7,77% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 – a expectativa da semana passada era de 7,47% de avanço. Para 2016, o Focus trouxe um leve aumento da perspectiva para a inflação: a mediana passou de 5,50% para 5,51%.

Vale lembrar que a meta para o IPCA é centrada em 4,5%, mas permite um teto de 6,5%. Os dados do IPCA de fevereiro divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira mostraram que o centro da meta está bem longe de ser alcançado. O índice subiu para 7,70% em 12 meses até fevereiro, muito acima até do que o teto da meta.

Também na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou mais uma vez os juros básicos (taxa Selic) em 0,5 ponto porcentual, para 12,75% ao ano. O movimento é uma estratégia para conter a disparada da inflação. Para o fim de 2015, o mercado espera que a Selic fique em 13%. Só em 2016 haveria espaço para reduzir os juros novamente, para 11,50% ao fim do ano, estimam analistas.

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Para a produção industrial, um importante componente do PIB, o mercado agora espera uma retração de 1,38% na atividade, contra 0,72% na semana passada. Para 2016, a expectativa permanece em avanço de 2,40%.

Câmbio – Os economistas ouvidos pelo BC também fazem projeções para o dólar. Para o fim do ano é esperado que a moeda americana feche em 2,95 reais, enquanto para 2016 a estimativa é de 3 reais.