Produção industrial recua em janeiro, diz CNI
O porcentual médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu para 69%, ante 72% no mesmo mês de 2011 e 71% em dezembro do ano passado
A produção industrial recuou em janeiro, mas em intensidade menor que a verificada em dezembro de 2011, aponta a Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de produção ficou em 45 pontos, contra os 42,6 pontos verificados no mês anterior. Valores abaixo de 50, segundo a CNI, indicam queda na atividade.
Dezembro – Em dezembro, a produção havia surpreendido negativamente o mercado ao apresentar desempenho muito ruim. O índice saiu do patamar de 50,1 pontos em novembro e despencou oito pontos naquele mês. Parte da queda na produção industrial foi explicada pela CNI na época como um efeito sazonal, isto é, próprio do fim de fim de ano.
Capacidade – O nível de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) – que mostra quanto do potencial produtivo das indústrias é utilizado – também caiu de 43 pontos para 41,7 pontos na mesma base de comparação. Nesse caso, o indicador mostra que o uso da capacidade está abaixo do usual. O porcentual médio de UCI caiu para 69%, ante 72% no mesmo mês de 2011 e 71% em dezembro do ano passado.
O indicador do número de empregados também mostrou declínio em janeiro, com 47,1 pontos (46,8 pontos em dezembro). O levantamento apontou ainda que os estoques estão acima do usual (52,7 pontos em janeiro, ante 52,4 pontos em dezembro).
Ainda de acordo com a CNI, as perspectivas para os próximos seis meses em relação à demanda melhoraram. Para a entidade, o otimismo é influenciado pela sazonalidade da demanda por produtos industriais, que historicamente se intensifica no decorrer do primeiro semestre.
Estoque elevado – A CNI diz que a tendência é de crescimento da atividade ao longo do período, mas que “provavelmente” a recuperação da produção demorará, mesmo que as vendas venham a crescer, porque os estoques estão elevados. “A indústria vai ter de reduzir a produção ainda mais para poder fazer cair o estoque. Só após a diminuição dos estoques poderá voltar a um ritmo de produção mais acelerado”, diz o gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.
A Sondagem Industrial foi realizada entre 1º e 14 de fevereiro com 1.756 empresas, das quais 630 de pequeno porte, 663 médias e 463 grandes.
(com Agência Estado)