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Procuradoria denuncia Val Marchiori por crime do colarinho branco

Socialite é acusada de obter financiamento de 2,79 milhões de reais do BNDES mediante fraude

Por Da Redação
19 Maio 2016, 11h00

A Procuradoria da República em São Paulo denunciou a socialite Valdirene Aparecida de Marchiori, a Val Marchiori, por crime do colarinho branco. Segundo a acusação, protocolada na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, Marchiori em 17 de setembro de 2013 obteve, “de forma livre e consciente, mediante fraude”, financiamento oriundo do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI -, em valor equivalente a 2,79 milhões de reais.

Também são acusados um irmão de Marchiori, Adelino Marcos de Machiori, e Alexandre de Melo Canizella, à época gerente geral do Banco do Brasil, agência Rua Estados Unidos, Jardins, São Paulo. Formalmente, a Procuradoria acusa Marchiori de violação do artigo 19 da Lei 7492/86 – obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira; pena de reclusão de dois anos a seis anos e multa.

A denúncia relata que no dia 18 de julho de 2013, Marchiori, na condição de administradora da empresa Torke Empreendimentos e Participações Ltda, formalizou Proposta de Abertura de Crédito – PAC, junto ao Banco do Brasil, instituição credenciada no BNDES, com objetivo de obtenção de financiamento destinado à aquisição de 5 caminhões e 5 semirreboques (carroceria fechada).

A Procuradoria aponta “flagrante utilização de manobras, por parte da denunciada, as quais terminaram por macular por completo a sua conduta”. A denúncia revela a participação de Adelino Marcos de Marchiori, irmão de Val, sócio administrador da empresa Veloz Empreendimentos Participações e Administração de Bens.

A investigação mostra que Adelino procurou a irmã ‘e a induziu a obter, através da empresa que administrava, Torke Empreendimentos, um financiamento destinado à aquisição de caminhões’. A Procuradoria acrescenta que foi Adelino quem ‘incutiu’ em Marchiori a ideia de tomar o financiamento uma vez que a Torke reunia, em princípio, as condições necessárias à concessão do empréstimo junto ao BNDES.

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Mas a Torke detinha objeto incompatível com a linha de crédito pretendida. Segundo a denúncia, o então gerente geral do Banco do Brasil, Alexandre Canizella, teve ‘fundamental participação na conduta criminosa desempenhada por Valdirene’.

“Ao mascarar as atividades da empresa Torke, o financiamento obtido por Valdirene assumiu forma nitidamente fraudulenta, eis que somente foi atingido em decorrência da informação ideologicamente falsa inserida no contrato social da empresa por ela administrada.”

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Defesa – Em depoimento, Val Marchiori foi categórica, após ser questionada com qual objetivo a empresa Torke possui caminhões ou carretas em seu patrimônio. Ela contou que o marido era proprietário da Big Frango/Jandelle e que estava contratando empresas de transportes. Disse que seu irmão e o marido sugeriram a ela que comprasse caminhões, pois a Jandelle iria precisar.

Marchiori relatou que foi à agência do Banco do Brasil, onde possui conta desde 2006 e solicitou o financiamento. Afirmou que a Torke possuía quase 3 milhões de reais aplicados na mesma agência do Banco do Brasil.

Alexandre Canizella declarou que não pode orientar o cliente da agência sobre alteração do objeto social ou do contrato social da empresa, mas pode orientar que a atividade social precisa ser compatível ao financiamento pleiteado. Segundo ele, com a atividade descrita no contrato social anterior não seria possível a concessão do financiamento.

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(Com Estadão Conteúdo)

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