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Procuradora do caso Eike teme que empresário fuja do país

Advogado de Eike diz que suspeita não tem fundamento e que procuradora que forçar 'medida drástica'

Por Da Redação
26 set 2014, 14h05

A procuradora Karen Kahn, do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, disse que há risco de que o empresário Eike Batista e outros seis diretores da ex-OGX (atual OGpar) fujam do país. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ela afirmou que a história penal do país reforça a suspeita, principalmente em relação àqueles que têm dupla nacionalidade. “Para que isso não ocorra, é necessário uma Justiça ágil. Estamos falando de gente que tem suporte financeiro”, alertou.

Para o advogado de Eike, Sérgio Bermudes, “não há motivo para pressupor que seu cliente fuja”. Isso porque ele tem saído do país e voltado com frequência. Eike é filho de alemã, mas Bermudes não soube informar se ele tem dupla nacionalidade. Conforme o advogado, ao fazer tal afirmação, a procuradora está querendo “construir terreno para uma medida drástica”, em alusão a um possível pedido de prisão. “Eu sei o que ela está querendo (a prisão)”, afirmou. “Ninguém pode prever a conduta ilegal de ninguém. É revoltante ouvir isso de um membro do MP”, complementou.

A procuradora ainda não decidiu se solicitará à Justiça alguma medida para evitar uma possível fuga, como a requisição de passaportes ou mesmo a prisão preventiva. “Não existe medida neste sentido, mas sempre estudamos todas as possibilidades”, disse. Kahn também solicitou à Justiça que o caso permaneça em São Paulo, já que os crimes foram praticados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

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A primeira denúncia, apresentada pela procuradora em 11 de setembro, acusa Eike de negociar ações com informações privilegiadas (insider trading, na expressão em inglês). O empresário vendeu ações da OSX antes da divulgação de informações desfavoráveis sobre a empresa, em 2013. A pena prevista é de 13 anos. A denúncia mais recente, de 23 de setembro, acusa o empresário, seis ex-diretores e um diretor da ex-OGX de formação de quadrilha, indução de investidores a erro, falsidade ideológica, e, no caso dos executivos, de manipulação. Neste caso, a pena pode chegar a 14 anos.

O Ministério Público Federal do Rio também denunciou Eike sob acusação de manipulação de mercado e insider tranding em relação à OGX, com penas somadas em 13 anos.

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