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Privatização do Galeão pode render R$ 8 bilhões

Governo poderá cobrar mais pela outorga graças a projeto que aumentará em R$ 5 bi a rentabilidade do investimento em 30 anos

Por Da Redação
27 abr 2013, 09h16

Uma solução de engenharia proposta para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, pode aumentar em até R$ 5 bilhões a rentabilidade do investimento nos 30 anos da concessão que o governo pretende leiloar em setembro deste ano. Um dos estudos que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) vai considerar para montar o edital para a privatização do aeroporto promete uma economia gigantesca com desapropriações e compensações ambientais.

A principal obra prevista na concessão do Galeão é a construção de uma terceira pista para pousos e decolagens, que estava projetada para ser construída às margens da Baía de Guanabara. A obra, da forma como constava no plano diretor do aeroporto, teria grande impacto ambiental e atingiria a comunidade de Tubiacanga, na Ilha do Governador, e o bairro Portuguesa, do Rio de Janeiro, impactando cerca de 1.500 famílias.

Mas uma das responsáveis pelo estudo referencial, a IQS Engenharia, encontrou uma maneira de “encaixar” a nova pista na área do aeroporto, evitando os custos ambientais e com a desapropriação de terrenos e remoção dos moradores. “Além do fato da Baía da Guanabara ser tombada e não permitir novos aterramentos, os moradores daquela área já foram deslocados uma vez e teriam que se mudar novamente”, diz o sócio da IQS, Guilherme Machado.

Outorga – De acordo com os estudos da empresa, com a economia resultante da nova proposta, o governo poderá cobrar uma outorga mínima de até R$ 8 bilhões pelo aeroporto do Galeão, contra uma estimativa inicial de R$ 3 bilhões.

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“Estamos estimando um retorno ao investimento R$ 5 bilhões maior durante os 30 anos de concessão. Com a terceira pista dentro da área do aeroporto, o tamanho das novas obras necessárias diminui consideravelmente, o que permitirá ao governo cobrar uma outorga maior”, completou Machado.

A IQS também produziu um estudo para a SAC em relação à concessão do Aeroporto de Confins, situado próximo a Belo Horizonte, e que também deve ir a leilão em setembro. No caso de Confins, o projeto conseguiu reduzir em 60% necessidade de se trazer terra de outros sítios para o aterro onde deverá funcionar a segunda pista do aeroporto.

“Esse aterro demanda cerca de 20 milhões de metros cúbicos de terra, mas a nossa proposta é utilizar a terra de morros e elevações que já existem dentro do próprio aeroporto, reduzindo a demanda por terra de fora para apenas 8 milhões de metros cúbicos. Além disso, os espaços que forem rebaixados poderão ser usados para exploração comercial, como a construção de um shopping, por exemplo”, acrescentou Machado.

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Como a quantidade de obras necessárias em Confins é maior, a estimativa da IQS para a outorga mínima na concessão é de R$ 500 milhões. Para montar os editais dos dois aeroportos, a SAC selecionou a IQS Engenharia e a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) para realizarem os estudos referenciais para as duas concessões. As propostas já foram entregues à secretaria, que deve divulgar em maio as primeiras minutas dos editais.

Ainda que os projetos propostos sejam de fato usados como referência pelo governo, os vencedores dos leilões poderão implementar projeto diferente. Procurada, a SAC confirmou o cronograma para o leilão dos aeroportos em setembro, mas não quis comentar o processo de finalização dos editais.

(Com Estadão Conteúdo)

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