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Presidente da Comissão Europeia pede foco nas reformas

José Manuel Barroso, em seu discurso anual no Parlamento Europeu, disse que a recuperação do bloco é "visível", mas pede cautela

Por Da Redação
11 set 2013, 10h31

A Europa deve continuar avançando em seu projeto de união bancária para ajudar a região a sair de uma crise econômica e fiscal cujo fim agora “é visível”, disse nesta quarta-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. O dirigente pediu que os 28 países que formam o bloco mantenham foco nas reformas, mesmo com os sinais de recuperação econômica da região.

Em seu discurso anual no Parlamento Europeu, Barroso disse que os europeus estão “começando a convencer” os mercados financeiros e seus parceiros de que estão deixando para trás uma crise que levou cinco países a buscar programas de resgate e causou uma recessão duradoura.

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“Claro que precisamos ficar vigilantes (…) um trimestre positivo não significa que deixamos a tempestade econômica. Mas prova que estamos no caminho certo”, disse Barroso, referindo-se ao fato de a zona do euro ter saído da recessão no segundo trimestre.

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Barroso defendeu que a Comissão Europeia – braço executivo da UE -, parlamentares e países-membros usem os últimos nove meses do mandato parlamentar atual para fazer progressos em reformas importantes, começando pela união bancária e pela conclusão do mecanismo único de resolução, que lidará com bancos em estado de falência.

Com a crise do sistema financeiro, os países de todo o mundo passaram a discutir mudanças no sistema de regulação. A União Europeia vem tentando, ainda sem sucesso, criar um supervisor único para os bancos da zona do euro, que seria comandado pelo Banco Central Europeu (BCE). O órgão serviria para capitalizar os bancos do bloco que tiverem problemas, evitando que o problema se espalhe de forma sistêmica e prejudique outras instituições. O supervisor único poderá capitalizar diretamente as instituições com problemas sem que sejam criadas dívidas dos países. Ou seja, é semelhante ao que um banco central de um país faz, com a diferença que engloba vários países, uma vez que a dívida de um país da zona do euro é compartilhada pelos demais com a mesma moeda.

A eleição para a renovação do Parlamento Europeu está marcada para maio de 2014. Já a nova Comissão Europeia toma posse durante o outono no Hemisfério Norte. A expectativa é que Barroso renuncie após completar seu segundo mandato no cargo.

“O que podemos e devemos fazer, antes de qualquer coisa, é definir a união bancária. É a primeira e mais urgente forma de completarmos nossa união”, argumentou Barroso.

Num discurso abrangente, que citou da crise da Síria às propostas da UE para reformas no setor de telecomunicações, Barroso também alertou que “a essa altura, com uma recuperação frágil, o maior risco de baixa que vejo é político”.

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Barroso reconheceu ainda as dolorosas reformas que países como a Grécia, Espanha e outros fizeram, mas afirmou que a UE equilibrou cuidadosamente as demandas das nações em dificuldades por mais assistência financeira com a relutância dos contribuintes nos estados mais ricos de oferecer ajuda.

(com Estadão Conteúdo)

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