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Preço do ouro tem maior queda em 30 anos

O metal precioso perdeu quase US$ 200 nas últimas duas sessões e está sendo cotado abaixo de US$ 1.400 a onça-troy pela primeira vez desde fevereiro de 2011

Por Da Redação
15 abr 2013, 17h22

O metal caiu quase 30% desde que atingiu a máxima histórica de 1.920 de dólares a onça-troy em setembro de 2011

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), tiveram nesta segunda-feira a maior queda em 30 anos, desde 1983, e fecharam no menor nível de preço em dois anos. A queda do preço do metal está diretamente associada à venda de investimentos em ouro por fundos e investidores pela segunda sessão consecutiva.

O metal precioso perdeu quase 200 dólares nas últimas duas sessões, a maior queda real em dois pregões seguidos desde 1974, quando o mercado futuro do ouro começaram a ser negociados em nova York. Ele está sendo cotado abaixo de 1.400 dólares a onça-troy pela primeira vez desde fevereiro de 2011. O volume de negociação do ouro na Comex atingiu a máxima histórica, acima de 590 mil contratos. A máxima anterior, de 486.315 contratos foi alcançada em 28 de novembro de 2012.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para junho, fechou a sessão com queda de 9,3% (140,30 dólares), a 1.361,10 dólares a onça-troy. A queda porcentual foi a maior desde fevereiro de 1983 e o recuo em dólares foi o maior desde janeiro de 1980. O metal caiu quase 30% desde que atingiu a máxima histórica de 1.920 de dólares a onça-troy em setembro de 2011.

Saída de investimentos – A onda de vendas começou na sexta-feira passada, com as preocupações com um possível aperto monetário pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, e a notícia de que o Chipre poderia vender parte de suas reservas de ouro para financiar uma porção do seu pacote de resgate. O movimento continuou neste pregão com dados piores do que o esperado da China.

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Os dados de crescimento da China vieram abaixo das expectativas. O país registrou um crescimento de 7,7% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, em comparação com as expectativas do mercado de uma expansão de 8%. A produção industrial chinesa cresceu 8,9% em março ante o mesmo mês do ano anterior, desacelerando de uma taxa média de 9,9% de expansão nos dois primeiros meses do ano. O resultado de março ficou abaixo do crescimento de 10,0% previsto por economistas.

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Mas, segundo analistas, a tendência de queda do ouro vem sido construída nos últimos meses, com os investidores questionando cada vez mais se a década de altas do mercado pode estar no fim. Os preços do ouro têm caído desde outubro do ano passado. “Desagradável. Não há outra forma de descrever a recente onda de vendas do ouro”, disse Joni Teves, estrategista de metais preciosos do UBS, acrescentando que o ouro terá muito trabalho pela frente para “reconstruir a confiança” entre os investidores.

O metal perdeu sua atratividade como porto seguro após a estabilização da crise na zona do euro e o alívio dos impasses fiscais em Washington. Enquanto isso, outros ativos, como as ações, tornaram-se mais atrativos para investidores que buscam retornos maiores. Por fim, as preocupações com inflação provocadas pelo programa de estímulos do Federal Reserve têm diminuído, decepcionando alguns investidores que compraram o ouro como proteção contra o aumento de preços.

(com Estadão Conteúdo)

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