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Portugal Telecom pode reduzir sua fatia na Oi após negócio com Rioforte

O aporte de quase 900 milhões de euros feitos na empresa do grupo Espírito Santo pode fazer com que a PT se veja obrigada a reduzir sua participação de 38% para até 20% como forma de recompensar a empresa brasileira pelas perdas com o negócio

Por Da Redação
8 jul 2014, 09h53

A Portugal Telecom corre o risco de ver sua participação cair quase pela metade na CorpCo, empresa que surgirá da fusão com a Oi, caso não consiga um desfecho positivo para a questão do investimento de 897 milhões de euros (cerca de 2,7 bilhões de reais) feito em títulos da Rioforte, empresa que controla o Banco Espírito Santo (BES).

Os próximos dias serão decisivos para saber se o episódio vai contaminar ou não a fusão das duas empresas. Pelo desenho inicial, a operadora portuguesa teria 38% da CorpCo ao final do processo, previsto para outubro. Contudo, a a fatia portuguesa pode baixar para 20% no pior cenário.

Os executivos da PT ainda correm contra o tempo para tentar montar uma engenharia financeira que evite um calote da Rioforte, empresa com problemas de caixa. Entre os sócios brasileiros da Oi, o pagamento dentro do prazo seria a melhor solução, pois não atingiria os negócios fora de Portugal.

No próximo dia 15, vence a maior parte da aplicação (847 milhões de euros) e, dois dias depois, os demais 50 milhões de euros. Os sócios brasileiros não cogitam arcar com o prejuízo e a redução da participação da portuguesa na nova companhia é vista como a única solução em caso de calote.

Mesmo que ele não aconteça, já houve um forte desgaste nas relações entre os sócios brasileiros e a PT. Há uma preocupação com a imagem de governança corporativa da nova empresa, que poderá ser abalada pelo episódio.

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Na fusão com a Oi, foi feito um aumento de capital de 13,96 bilhões de reais, sendo que a PT entrou com os seus ativos, avaliados em 5,7 bilhões de reais pelo banco Santander Brasil. O laudo foi elaborado em fevereiro, sendo que a operação da PT na Rioforte teria ocorrido em meados de abril – a data não foi informada pela empresa portuguesa em esclarecimento sobre a operação.

A aplicação de tesouraria da operadora portuguesa, feita em papéis comerciais da Rioforte, tem remuneração média anual de 3,6%. A operadora justificou que a escolha do título da Rioforte ocorreu devido à “atratividade da remuneração oferecida”.

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Após dias de desvalorização, as ações ordinárias da Oi fecharam em alta na segunda-feira, de 1,07%, negociadas a 1,89 real. Já os papéis preferenciais seguiram em baixa, com queda de 1,12%, a 1,76 real. No ano, acumulam perdas de 47,65% (ordinárias) e de 50,97% (preferenciais).

Minoritários – Os acionistas minoritários da Oi estão avaliando os detalhes do caso para definir se irão tomar alguma ação contra a empresa, o que pode incluir reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na SEC (a xerife do mercado norte-americano). Os eventuais questionamentos deverão recair sobre a relação de troca de ações entre as companhias.

Desde o início do processo, os minoritários questionaram os termos do acordo de fusão entre a Oi e a PT, considerado prejudicial para eles. No entanto, ainda não se posicionaram formalmente sobre o caso recente.

(Com Estadão Conteúdo)

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