PIB dos EUA deve crescer 2,5% este ano, prevê Fed
Para analistas, cenário econômico só deve melhorar no ano que vem, quando a política fiscal do governo for menos pesada e a Europa se recuperar
Os economistas do Federal Reserve (Fed) de Nova York, parte do banco central norte-americano, diminuíram nesta quinta-feira suas perspectivas sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano. Agora, a projeção é de que a economia dos Estados Unidos cresça 2,5% em 2013 – há um ano, os analistas apontavam uma alta de 3%.
“Um grande fator por trás da desaceleração no restante deste ano é a política fiscal”, escreveram os economistas, em relatório. “A combinação dos cortes automáticos de gastos federais e os aumentos de impostos associados ao acordo do abismo fiscal deve pesar sobre o crescimento do PIB em mais de um ponto porcentual”.
As estimativas também são pessimistas em relação à diminuição das taxas de desemprego neste ano, que devem se manter em 7,5% por alguns meses. No último trimestre, o desemprego deve chegar a 7,25%, segundo os analistas. Já a inflação deve continuar abaixo da meta estipulada pelo Fed, que é de 2% ao ano.
Para o ano que vem, as projeções do Fed são mais otimistas. O crescimento dos EUA deve chegar a 3,25% em 2014, por conta do menor peso da política de gastos do governo e de melhores condições econômicas na Europa. Até o fim do ano que vem, a inflação deve convergir para a meta e chegar a 2%. Os níveis de emprego também devem melhorar até lá: o desemprego deve cair para 6,5% no último trimestre de 2014.
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Indústria – Também nesta quinta-feira, foram divulgadas informações sobre a expansão da indústria norte-americana. O setor desacelerou pela segunda vez consecutiva em maio e foi o avanço mais lento desde outubro de 2012, de acordo com o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), aferição preliminar realizada pela empresa de estatísticas Markit.
O PMI da indústria foi de 51,9 pontos em maio, ante 52,1 pontos no mês anterior. Uma leitura acima de 50 pontos indica expansão, enquanto um ritmo industrial menor do que esse limiar indica contração da atividade. O aperto fiscal do governo também foi apontado na pesquisa como um dos fatores responsáveis pelo desempenho da indústria. Outra razão para a desaceleração é a fraqueza da demanda pelos produtos norte-americanos no exterior.
O dado oficial da produção da indústria americana, referente a abril e divulgado pelo Fed, mostrou queda de 0,5% em relação a março. O recuo foi maior do que a expectativa dos analistas, que apostavam em uma redução de 0,2%, demonstrando uma redução na demanda por serviços públicos.
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(com Estadão Conteúdo)