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PIB do 2º trimestre faz Brasil voltar para lanterna dos Brics

No ranking de crescimento econômico de abril a junho, país fica atrás de todos os emergentes que compõem o bloco – Rússia, Índia, China e África do Sul

Por Luís Lima 29 ago 2014, 17h18

Com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2014, o Brasil voltou para o fim da fila dos Brics, bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. É que aponta levantamento da consultoria Tendências referente ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia do país recuou 0,9% – resultado ínfimo se comparado ao crescimento de 7,5% registrado pela China e de 5,7% da Índia, e ainda inferior ao aumento de 1% da África do Sul e de 0,8% da Rússia.

Analistas são cautelosos ao comparar o crescimento brasileiro com o de outros Brics, pela diferença entre as estruturas econômicas e as etapas de desenvolvimento desses países. Mesmo assim, são unânimes em afirmar que são domésticos os principais motivos para o baixo ritmo de crescimento do Brasil. “O mundo não é responsável pela perda de dinamismo da atividade brasileira. Comparativamente, nosso país está muito atrás de economias do Brics e das Américas Latina e do Sul, o que mostra que há questões internas envolvidas”, afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências.

PIB do 2º trimestre
PIB do 2º trimestre (VEJA)

Alguns entraves domésticos citados pelos analistas, principalmente nos últimos três anos, são o excesso de intervencionismo por parte do governo, a crescente dificuldade de se fazer investimentos no país e o aumento do custo de mão de obra. “A atual política econômica, que priorizou o consumo e não deu a devida atenção aos investimentos, propiciou uma queda de confiança em diversos agentes, de empresas a consumidores”, afirmou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), a confiança da indústria, dos consumidores e do setor de serviços atingiu em agosto os menores níveis desde 2009.

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Os economistas destacam também as taxas de crescimento vigorosas de Índia e China no segundo trimestre. No caso indiano, a vitória em maio do primeiro-ministro Narenda Modi, do partido nacionalista Bharatiya Janata, sinalizou um horizonte promissor para o país, já que algumas das principais promessas do líder da sigla eram no sentido de reavivar a economia local, criando novos empregos e atraindo investimentos. Já a China passa por uma transição para um padrão econômico mais voltado ao consumo interno, ao mesmo tempo em que promove maior abertura econômica.

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Ano – Para 2014, ainda segundo a Tendências, o crescimento do Brasil só deve se equiparar ao da Rússia. A consultoria prevê que o PIB brasileiro deve crescer 0,3%, previsão equivalente à da economia russa, que passa por um grave conflito. Segundo economistas, os problemas geopolíticos envolvendo a Ucrânia resultaram em diversas sanções por parte do Ocidente – e devem impactar a atividade econômica. “A tensão geopolítica na região é como uma nuvem pairando sobre a economia russa nos próximos meses”, afirmou Jankiel Santos, economista do Espírito Santo Investment Bank (Besi). Para a África do Sul, a projeção é de 1,7%, e, no caso da Índia, de 5,4%. A China deve seguir liderando o ranking, com um avanço de 7,4% este ano.

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