PF abre inquérito para apurar caso Cruzeiro do Sul
Polícia vai investigar se os executivos do banco cometeram crime de gestão fraudulenta
A Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro anunciou, no início da noite desta segunda-feira, que instaurou um inquérito para apurar suposta fraude no Banco Cruzeiro do Sul. A instituição financeira está sob intervenção do Banco Central, com rombo estimado acima de 1,3 bilhão de reais. A PF vai investigar se os executivos do Cruzeiro do Sul cometeram crime de gestão fraudulenta.
Além do banco, a intervenção atinge a corretora de valores, a administradora de valores mobiliários (DTVM), a securitizadora de créditos financeiros e a Cruzeiro do Sul Holding Financeira. O BC informou que medida se deve ao descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e à verificação de “insubsistência” em itens do ativo do banco.
CVM – Indagada sobre uma possível investigação em relação ao banco, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não descartou a hipótese. A autarquia afirmou que “acompanha e analisa as informações e movimentações do mercado, tomando as medidas cabíveis, quando necessário”.
Há vários processos registrados na autarquia envolvendo o Banco Cruzeiro do Sul. Desde 2008 há pelo menos oito (parte deles já extintos) em que o requerente foi a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da própria CVM, tendo como foco avaliar as demonstrações financeiras e periódicas prestadas pelo banco à autarquia, um indicativo de potenciais irregularidades nos dados enviados. A autarquia, no entanto, não comenta casos específicos.
(Com Agência Estado)