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Petrobras vai colocar blocos de pré-sal à venda

Estatal avalia que, para investidores, suas participações na exploração de campos é atrativa

Por Da Redação
15 abr 2015, 11h40

A Petrobras estuda vender participações em blocos do pré-sal para levantar capital e seguir com os projetos. A empresa, segundo o jornal Valor Econômico, quer captar 14 bilhões de reais entre 2015 e 2016. A estatal avaliou que os blocos têm boa qualidade e atratividade para investidores. A venda deve ser encabeçada pelo Bank of America, uma das instituições que está ajudando a companhia a vender ativos e levantar dinheiro para o caixa.

Ainda não se sabe exatamente quais serão os ativos colocados à venda, mas o jornal pontua que a venda deve se restringir às áreas de concessão e à fatia de 10% em Libra, no regime de partilha. Estariam, porém, fora da lista áreas de cessão onerosa, como Búzios, e a participação mínima de 30% em Libra, prevista em lei.

Os ativos mais importantes da petroleira no pré-sal são os blocos BM-S-11, que abrangem os campos de Lula, Iracema e Iara, e o BM-S9, que concentra os campos de Sapinhoá e Lapa.

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A Agência Internacional de Energia (AIE) elogiou, nesta quarta-feira, o aumento de caixa da estatal com o início da venda de ativos, o que trouxe alívio financeiro recentemente à empresa. “Como parte do plano de desinvestimento, a Petrobras vendeu grande parte dos ativos de produção na Argentina estimados em 101 milhões de dólares”, diz o relatório. Os ativos negociados pela Petrobras ficam na província de Santa Cruz.

A Petrobras ocupa boa parte do trecho dedicado ao Brasil do relatório mensal da AIE. A agência citou ainda o empréstimo de 3,5 bilhões de dólares concedido à empresa pelo Banco de Desenvolvimento da China (BDC). Para a entidade, o financiamento foi “uma boia de salvação adicional”. O negócio faz parte de um acordo de cooperação de dois anos entre a Petrobras e o BDC.

“Os recursos chegam à Petrobras em um período em que a investigação sobre a corrupção eliminou o acesso ao mercado internacional de dívida e a empresa precisa de dinheiro para continuar as operações”.

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Mesmo com esse alívio no caixa da empresa, a agência ainda tem prognóstico pessimista para a companhia brasileira e cita o período difícil que a Petrobras ainda deve enfrentar. “A empresa mais pesadamente endividada do mundo tem até o fim de abril para publicar o balanço auditado do ano ou haverá o risco acelerado de pagamento de mais de 60 bilhões de dólares em títulos”. A necessidade de pagamento da dívida pode surgir caso a estatal não publique balanço, o que manteria fechado o acesso aos mercados.

Não bastassem os problemas administrativos e financeiros, a agência chama atenção para as dificuldades operacionais. A AIE nota que a produção da plataforma P-58 foi interrompida para manutenção preventiva apenas um ano após o início dos trabalhos. O desligamento dessa instalação afetará a produção total do Brasil neste ano e ainda não está claro quando a P-58 poderá voltar a funcionar, diz o relatório.

(Com Estadão Conteúdo)

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