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Para acelerar construção de plataformas, Petrobras contrata Indonésia e China

Atraso nas obras das plataformas do pré-sal da Bacia de Santos motivou mudança de planos que, segundo a empresa, não fere a obrigatoriedade de estimular a indústria brasileira

Por Da Redação
25 fev 2013, 11h30

O atraso nas obras de quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos fez a Petrobras transferir para a Indonésia e a China parte da construção dos estaleiros. Uma parte trabalhosa da troca de chapa, intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.

Serão feitos em território chinês a transformação de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro da China estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos. “Claramente esse é um movimento da Petrobras para poder acelerar o desenvolvimento dos campos”, disse Roberto Ramos, presidente da Odebrecht Óleo e Gás.

A decisão da Petrobras de recorrer à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o aumento de sua produção por causa dos atrasos da indústria nacional. O governo usa os contratos da Petrobras para reativar o setor naval. Mas, para acelerar o processo foi necessário fazer as encomendas antes de os canteiros para as obras dos estaleiros estarem prontos. Com o avanço dos projetos, os gargalos da indústria nacional ficam mais evidentes. O diretor de Engenharia da Petrobras, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo.

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Nacional – Mesmo com a transferência de parte da produção para o exterior, a Petrobras diz que não vai ferir a regra de estímulo à indústria brasileira. A empresa tem um contrato de 2 bilhões de dólares e regras de produzir no mínimo 70% dos equipamentos para o pré-sal em solo brasileiro. Se extrapolar os limites de conteúdo local na conversão, a compensação terá de ser feita na fase de montagem da planta industrial na plataforma. “O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos para o processamento do petróleo”, diz a petroleira.

A Petrobras reconhece que houve uma mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade dos dois estaleiros. No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cascos, a cargo da Engevix, no Estaleiro de Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato inclui oito cascos replicantes e soma 3,1 bilhões de dólares.

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Concorrência – Segundo colocado na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um descumprimento das regras de conteúdo local seria ilegal. “Perdemos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no exterior teríamos conseguido preço melhor do que o do vencedor. A Petrobras não pode rasgar uma concorrência.”

O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o contrato das quatro conversões com 1,75 bilhão de dólares. A oferta da Andrade Gutierrez foi de 580 milhões de dólares a mais.

(Com Estadão Conteúdo)

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