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Petrobras quer incluir propinas no balanço do 4º trimestre

Companhia publicou o resultado do terceiro trimestre sem as estimativas de rombo contábil. Divulgação do documento do quarto trimestre está prevista para maio

Por Da Redação
11 mar 2015, 10h32

O primeiro grande desafio do novo presidente da Petrobras, Ademir Bendine, é estimar o quanto a corrupção impactou nos números da empresa. A reação negativa após o resultado financeiro do terceiro trimestre ter sido divulgado sem a auditoria e sem as esperadas perdas contábeis, já mostrou que o mercado não está muito paciente com a companhia. Para tentar acalmar os ânimos e resgatar um pouco da confiança, a petroleira tenta contabilizar a toque de caixa o prejuízo das propinas pagas a ex-funcionários e políticos, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A empresa, porém, ao se concentrar nas propinas, deve deixar de lado o sobrepreço causado pelo suposto cartel de empreiteiras.

A avaliação dos diretores é que a estatal não tem condições de calcular hoje o superfaturamento das obras que foram alvo de contratos corruptos. É preciso esperar a conclusão das investigações do Ministério Público sobre o caso.

O cálculo do custo de propinas é importante para convencer a auditoria PricewaterhouseCoopers a aprovar o balanço do quarto trimestre e o consolidado do ano. A empresa tem até o fim de maio para publicar o balanço auditado de 2014. Se não o fizer, é possível que credores peçam o pagamento antecipado de dívidas, em um momento que a empresa não pode se desfazer de todo seu caixa.

O prazo se encerra em 30 de abril, mas há ainda uma tolerância de trinta dias concedida pelos credores, dando à Petrobras a possibilidade de publicar o balanço justamente até o final de maio.

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Contas – A Petrobras está tentando cruzar informações obtidas por meio de depoimentos à Lava Jato com dados internos para chegar a um número. Ela já cogitou até usar como custo o porcentual de 3% citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa sobre todos os contratos suspeitos. Contudo, o próprio delator já falou que, em alguns casos, o valor de corrupção foi maior, o que dificulta ainda mais o trabalho da estatal.

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Segundo a Folha, além das propinas, a Petrobras deve também divulgar em seu próximo balanço quanto os principais ativos da companhia, como a refinaria de Abreu e Lima e a Comperj, valem hoje. As perdas devem ser menores do que os 88,6 bilhões de dólares estimados pela gestão de Graça Foster.

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