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Petrobras negocia 28 ativos para cumprir meta de desinvestimentos

Plano de venda visa levantar 15,1 bilhões de dólares; entre as negociações estão a abertura de capital da BR Distribuidora e a venda da TAG e de distribuidoras da Gaspetro

Por Da Redação
31 jul 2015, 09h54

A Petrobras negocia um total de 28 ativos para cumprir a meta de desinvestimentos da estatal até 2016, estimada em 15,1 bilhões de dólares. As negociações estão em ritmo acelerado, segundo fontes que acompanham o processo na estatal. Um dos principais ativos na lista, a BR Distribuidora, já teve manifestação de investidores interessados no seu processo de abertura de capital. Entretanto, o cronograma para a realização do IPO (Oferta Pública de Ações, na sigla em inglês), prevê que somente nos próximos meses será apresentado aos investidores os termos detalhados da oferta.

A previsão é que até dezembro toda a negociação seja concluída. A procura de investidores pelos dados da BR Distribuidora surpreendeu positivamente a diretoria da empresa. O assunto foi tratado na última reunião do conselho de administração, na sexta-feira, quando o cronograma detalhado para abertura do capital da subsidiária foi apresentado aos conselheiros. O próprio presidente da empresa, Aldemir Bendine, teria indicado que a boa e rápida receptividade entre os investidores à proposta de abertura de capital havia surpreendido.

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Oficialmente, a companhia indica que estuda tanto a oferta de ações quanto um investidor estratégico para o negócio, mas a opção mais consolidada entre os executivos é a de abertura de capital. Em comunicado encaminhado ao mercado nesta quinta-feira, a estatal informou que avalia “alternativas estratégicas” para a subsidiária e que “os atos necessários para realização da oferta estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da Petrobras e da BR, como também dos entes reguladores”, diz o comunicado.

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Os estudos sobre a BR Distribuidora e para a venda dos demais ativos estão em ritmo acelerado na estatal, segundo fontes que acompanham as negociações. A expectativa é que, mensalmente, seja analisado pelo conselho de administração da Petrobras o andamento da reestruturação de pelo menos um dos ativos na carteira. Alguns dos itens previstos para venda devem passar por reestruturação semelhante à aprovada para a Transportadora Associada de Gás (TAG).

Nesta quinta, a estatal confirmou em comunicado que está mudando a composição das subsidiárias regionais da companhia, conforme compromisso assumido com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A etapa é tida como passo preliminar para a venda das duas subsidiárias regionais a investidores que já atuam nos mercados do Norte e Nordeste e Sul e Sudeste.

A área de gás e energia é a que mais concentra ativos em desinvestimento nesta etapa. Também estão na lista para a venda até o próximo ano participações da estatal em distribuidoras estaduais de gás canalizado, que integram a Gaspetro. Ao todo, a companhia possui participações em 19 distribuidoras, com diferentes patamares de ações em cada uma delas. As negociações também estão avançadas, com parceiros que já têm participação nas empresas.

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Também estão previstos até o próximo ano a oferta de participações em contratos de exploração e produção, tanto no pré-sal quanto em campos maduros, principalmente no Nordeste, que tem registrado declínio de produção e rentabilidade na avaliação da empresa. No pré-sal, figuram na lista as áreas de Pão de Açúcar (BM-C-33), Júpiter (BM-S-24), Carcará (BM-S-8) e Tartaruga Verde (BM-C-36), todos com contratos de concessão e não de partilha.

As áreas estão em fase de exploração, mas já apresentaram indícios de óleo e com boas expectativas quanto às reservas. Os parceiros da estatal nessas áreas devem ter prioridade na aquisição dos ativos, conforme estabelecido em contrato, mas o foco é atrair grandes petroleiras multinacionais, com maior capacidade de investimento nos projetos.

O plano de venda de ativos da companhia ainda prevê até 2018 mais 42,7 bilhões de dólares em desinvestimentos em áreas como abastecimento, transporte e logística, além de Exploração e Produção. A previsão é que fique para 2017 e 2018 as vendas de ativos como termoelétricas, unidades de fertilizantes e de biocombustíveis – negócios que não são considerados, pela atual administração, como foco da empresa.

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O avanço das vendas de ativos vai enfrentar resistência entre os trabalhadores da companhia. Estão previstos para a próxima semana encontros de entidades sindicais e associações da categoria para deliberar sobre uma paralisação por tempo indeterminado na categoria. Os petroleiros já estão em indicativo de greve desde o início do mês, e realizaram uma paralisação de advertência na última sexta-feira, como sinalização ao conselho de administração.

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(Com Estadão Conteúdo)

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