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Petrobras ignorou alertas sobre comissões ‘extras’ pagas no exterior

Negociadores de petróleo da estatal recebiam pagamento por fora para vender o produto mais barato a outros traders

Por Da Redação
15 dez 2014, 13h57

A diretoria atual da Petrobras não impediu um esquema de desvio de milhões de reais no exterior, causado pelo pagamento de comissões extras a negociadores de óleo combustível, os traders. A informação, publicada pelo jornal Valor Econômico, tem como base documentos internos e mensagens encaminhadas por Venina Velosa da Fonseca, a geóloga que denunciou uma série de irregularidades na estatal. Segundo a reportagem, os negociadores da Petrobras vendiam petróleo a um valor mais baixo, recebendo, por fora, comissões dos compradores – o que prejudicava os resultados da empresa.

Os traders beneficiados atuavam em Singapura, onde Venina trabalhou, e também em outros escritórios da petroleira no exterior. Apesar das denúncias, esses negociadores não foram descredenciados pela estatal, mas receberam suspensões temporárias e voltaram a trabalhar. Já Venina teve seu salário cortado em aproximadamente 40% e foi afastada do cargo.

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A apuração dos desvios foi feita por um escritório de advocacia de Singapura, contratado por Venina, que detectou em diálogos “forte evidência de que a Petrobras estava sendo prejudicada por traders”. Em uma das conversas, um negociador, sob o codinome de “Coco Prontissimo”, admitiu que teria de pagar comissão extra a outro negociador vinculado à Petrobras, identificado como Daniel Filho.

Em nota à imprensa enviada na noite de sexta-feira, a Petrobras ressaltou que possui uma área corporativa responsável pelo controle de movimentações e auditoria de perdas de óleo combustível, que não constatou nenhuma irregularidade no período de 2012 a 2014.

Venina deverá depor nos próximos dias, em Curitiba, a autoridades que conduzem a operação Lava Jato, quando apresentará detalhes das denúncias. Na semana passada, o Valor publicou reportagem que revelou que Venina também havia alertado a diretores da empresa sobre indícios de superfaturamento em obras e contratações irregulares na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento, administrada por Paulo Roberto Costa entre 2004 e 2012.

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