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Petrobras garante abastecimento de térmicas por 12 meses

Estatal renovou os contratos de fornecimento às térmicas a óleo diesel e combustível, com objetivo de garantir o suprimento das usinas

Por Da Redação
5 fev 2014, 16h12

Termelétricas a óleo diesel e combustível assinaram aditivo de contrato com a Petrobras Distribuidora que garante o abastecimento por doze meses, num sinal de que as usinas mais caras poderão ficar acionadas ao longo de todo o ano.

O documento foi assinado na semana passada, segundo o presidente da Associação Brasileira de Geração Flexível (Abragef), Marco Antonio Veloso, que acrescentou que esses aditivos costumavam ser fechados com prazos menores no passado. “Os aditivos eram fechados com um prazo de até três meses. Mas agora o aditivo celebrado na semana passada tem validade de 12 meses. Isso aí é um indicativo de geração de energia por essas termelétricas nos próximos doze meses”, disse Veloso.

A Petrobras Distribuidora confirmou, por meio da assessoria de imprensa, a renovação dos contratos de fornecimento às térmicas a óleo diesel e combustível até 31 de janeiro de 2015. Porém, segundo a empresa, o aumento do prazo visa apenas dar uma garantia mais tranquila de suprimento às usinas. Segundo o presidente da Abragef, a garantia de fornecimento por um prazo maior era uma solicitação dos geradores térmicos flexíveis, como forma de, por exemplo, dar garantias para conseguir fechar financiamentos de longo prazo.

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As termelétricas têm gerado energia fortemente na base do sistema elétrico brasileiro desde outubro de 2012, diante do nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas. As térmicas a gás natural praticamente não pararam de gerar energia desde 2012, enquanto que as mais caras –a óleo diesel e combustível– tiveram alguma redução de despacho em alguns momentos. A geração a óleo diesel e combustível representa cerca de 2.500 MW médios do total de 15 mil MW médios de térmicas atualmente indicados para o despacho, de acordo com o presidente da Abragef.

A assinatura dos contratos para suprimento de combustível ocorreu na mesma semana em que foi anunciado que o preço de energia de curto prazo bateu recorde, a 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), e quando aumentaram as preocupações em relação à situação dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste.

Os reservatórios do Sudeste, principal região para abastecimento do país, estão em um dos piores níveis para a década após a falta de chuvas em janeiro, mês tradicionalmente úmido em que as reservas de água deveriam aumentar. Na sexta-feira passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que as perspectivas de chuva continuam escassas para o Sudeste e o sistema indicou maior acionamento termelétrico, incluindo de usinas a óleo diesel e combustível.

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No fim de dezembro, a Petrobras reajustou em 15% o preço do óleo combustível produzido em suas refinarias e comercializado no mercado brasileiro.

Demanda recorde – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que na terça-feira, dia em que um apagão atingiu treze Estados, houve recorde de demanda instantânea no subsistema Sul. A demanda máxima instantânea atingiu 17.412 MW às 14 horas de terça-feira. O apagão ocorreu às 14h03.

Segundo o Boletim de Carga Especial do ONS, divulgado nesta quarta-feira, a causa da demanda recorde se deve à continuidade das altas temperaturas e ao índice de desconforto térmico nessa região do país, na hora de maior insolação. O recorde anterior, de 17.357 MW, havia sido atingido no dia 29 de janeiro.

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Estados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país ficaram sem energia elétrica por causa de falhas na linha de transmissão entre Colinas (TO) e Serra da Mesa (GO). Segundo o ONS, o restabelecimento da interligação entre o Norte e o Sudeste ocorreu 38 minutos depois da queda da energia. Mas algumas localidades chegaram a ficar quase duas horas sem luz. Ainda de acordo com o órgão, o apagão afetou cerca de 6 milhões de pessoas.

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Causas – Na quinta-feira, uma reunião no ONS discutirá o apagão. Participarão do encontro representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Ministério de Minas e Energia, do ONS e das concessionárias envolvidas, entre elas Eletronorte, Furnas, Tractbel, Cemig, Cesp e Eletrosul.

(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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