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Petrobras diz que operação de R$ 15 bi trará economia de custos

Em comunicado à CVM, empresa afirma que poderia gastar até 26 bilhões de dólares na operação, caso não houvesse a contratação direta da estatal

Por Da Redação
27 jun 2014, 18h56

Questionada sobre as justificativas de ter adquirido o direito de exploração sobre o excedente de quatro novas áreas do pré-sal, no valor de 15 bilhões de reais, a Petrobras enviou uma apresentação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira explicando as razões do negócio. A empresa não submeteu a operação bilionária à aprovação do Conselho de Administração e o negócio foi visto com desconfiança pelo mercado. Contudo, segundo a estatal, a contratação direta, sem licitação, trará economia de custos de 18 bilhões de dólares à empresa entre 2015 e 2021.

A Petrobras prevê que seriam necessários investimentos de cerca de 26 bilhões de dólares para adquirir áreas, descobrir e delimitar potencial do óleo excedente, segundo apresentação encaminhada à CVM. A explicação foi utilizada nesta tarde pela presidente da empresa, Maria das Graças Foster, em reunião com analistas na sede da estatal no Rio. Caso a afirmação da empresa se comprove, foi então o governo federal quem fez um mal negócio, oferecendo o excedente “a preço de banana” para a estatal.

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Na terça-feira, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) escolheu a Petrobras para extrair, sem licitação e agora pelo regime de partilha, um volume excedente estimado entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo na cessão onerosa. Para ter o direito a explorar o óleo excedente das áreas do pré-sal de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, a estatal terá que desembolsar neste ano um bônus de assinatura de 2 bilhões de reais, além de fazer um pagamento antecipado estimado pelo governo em 13 bilhões de reais entre 2015 e 2018. A receptividade ao negócio foi tão ruim que as ações preferenciais da Petrobras acumularam queda de 6% desde a decisão.

Para a companhia, o óleo excedente da cessão onerosa “assegura reposição de reservas e sustentabilidade da produção de 2020-2030, com maior rentabilidade”. A Petrobras elevará investimentos a partir de 2019 para garantir o início da produção de óleo excedente da cessão onerosa em 2021, e não está contemplada emissão de novas ações após novo acordo no pré-sal com a União.

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Estão previstos investimentos adicionais relacionados ao óleo excedente da cessão onerosa de 1,2 bilhão de dólares de 2014 a 2018; 9,7 bilhões de dólares em 2019 e 2020; e 39,8 bilhões de dólares de 2021 a 2030, segundo a empresa.

Mais caro que o esperado – Apesar de a estatal reafirmar ter feito bom negócio, o desembolso antecipado para assegurar a exploração do óleo excedente em áreas do pré-sal pode ficar até 50% acima do valor divulgado de 15 bilhões de reais, já incluindo o bônus de assinatura. O pagamento pode superar os 22 bilhões de reais até 2018, ou até chegar a 22,5 bilhões se o preço do petróleo tipo Brent subir muito ou o dólar se valorizar mais, conforme cálculos da agência Reuters.

O cálculo inclui uma estimativa de câmbio que chega a 2,60 reais por dólar em 2018, com base nas projeções do boletim Focus. No caso do Brent, foram usadas as projeções da Agência de Informações de Energia (AIE), do governo dos EUA, que em 2018 prevê o barril a 146 dólares no cenário mais altista. No cenário de preços baixos da AIE, com o Brent caindo abaixo de 69 dólares em 2018, a Petrobras seria beneficiada no novo acordo no pré-sal e faria um desembolso total de 12,1 bilhões de reais, incluindo bônus de assinatura e adiantamentos.

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(Com Reuters)

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