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Petrobras desiste de vender refinaria nos EUA, mas admite repassar subsidiária argentina

No entanto, presidente Graça Foster diz que polo americano ainda pode ser negociado e que a petrolífera não espera sair definitivamente do país sul-americano

Por Da Redação
22 Maio 2013, 21h17

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quarta-feira que a companhia desistiu da venda de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos. De acordo com Graça Foster, a Petrobras espera capturar margens de lucro maiores com uma eventual melhora do mercado. Por outro lado, ela admitiu que há negociações para a venda da Petrobras Argentina (Pesa). Mesmo com a venda, a meta é não sair definitivamente do país sul-americano.

Graça Foster esteve presente em uma audiência no Congresso Nacional. No encontro, ela teve que explicar detalhes da aquisição da refinaria de Pasadena, operação que está sob investigação. Em 2006, a Petrobras comprou 50% da refinaria por 360 milhões de dólares. Mas, em seguida, entrou em uma batalha judicial com o parceiro no projeto, a Astra, que possuía a outra parte do polo.

No fim de junho de 2012, a estatal encerrou o litígio com a Astra, após quase seis anos de disputas, aceitando pagar mais 820 milhões de dólares para ficar com o restante do negócio. Apesar do esforço em adquirir a refinaria, a operação teria trazido um prejuízo de 1 bilhão de dólares. O anúncio da desistência da venda já havia acontecido em março, mas só agora a presidente da Petrobras justificou a decisão. Ela, porém, não quis informar a que preço aceitaria vender a refinaria.

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Com relação às suas operações na Argentina, Graça Foster admitiu que a Pesa faz parte da carteira de desinvestimentos da companhia. “Tem algumas empresas que nós discutimos, mas, em um processo de confidencialidade, não posso revelar quais são”, disse ela.

Apesar de a presidente da Petrobras não citar nomes, um representante da empresa argentina Indalo revelou o interesse na subsidiária na última segunda-feira. De acordo com Fabián de Sousa, gerente-geral e sócio do grupo, a Indalo criaria uma nova companhia nos Estados Unidos, especialmente para administrar os ativos da Pesa. Seria a empresa norte-americana, a Centenary Internacional Corporation, que trabalharia para obter um financiamento, no valor de 911 milhões de dólares, para adquirir a subsidiária da Petrobras.

Graça Foster também negou que a Petrobras tenha problemas de caixa e que tenha deixado de pagar terceiros. “A Petrobras tem um caixa de 20 bilhões de dólares. Essa informação não procede”, afirmou ela. De acordo com a presidente da petrolífera, 2012 foi o ano em que a Petrobras mais pagou aditivos contratuais na história da companhia. “Se a Petrobras estivesse inadimplente, não teríamos feito a captação que fizemos”, disse ela. Neste mês, a Petrobras captou a cifra recorde de 11 bilhões de dólares em bônus no mercado internacional, na maior emissão feita por uma companhia latino-americana na história.

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O plano 2013-2017 da Petrobras prevê desinvestimentos totais de 9,9 bilhões de dólares, ante 14,8 bilhões de dólares no programa anterior.

Leia ainda: Venda de refinaria da Petrobras nos EUA sobe no telhado

(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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