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Primo de ex-presidente da Petrobras é demitido da estatal

José Orlando Azevedo esteve à frente da Petrobras America entre 2008 e 2012 e ocupava hoje o cargo de diretor comercial da Transportadora Associada de Gás

Por Da Redação
29 mar 2014, 18h37

A Petrobras demitiu o engenheiro José Orlando Azevedo, ex-presidente da Petrobras America entre 2008 e 2012, período em que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi questionada judicialmente pela estatal. A refinaria era controlada pela subsidiária. Azevedo é primo do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e ocupava atualmente o cargo de diretor comercial da Transportadora Associada de Gás (TAG).

Azevedo estava à frente da subsidiária durante o processo que resultou no pagamento de 820 milhões de dólares pela Petrobras para aquisição da refinaria de Pasadena. Funcionário de carreira, ele foi indicado ao cargo pelo primo, mas foi substituído em 2012, logo após a posse da atual presidente da estatal, Graça Foster. Desde então, ele ocupava a diretoria da subsidiária de gás. A demissão foi definida na última quinta-feira, em reunião da diretoria da empresa, e revelada pelo jornal O Globo deste sábado.

Em nota, a Petrobras confirmou a demissão, considerada “rotineira”. “A substituição do Sr. José Orlando Azevedo foi uma mudança de caráter gerencial rotineira. Junto com essa substituição, na mesma pauta, foram aprovadas mais oito alterações e reconduções”, diz o comunicado.

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Esta é a segunda demissão na diretoria das subsidiárias da Petrobras em duas semanas. No dia 21 de março, Nestor Cerveró, diretor da área internacional da estatal na época da compra da mesma refinaria, foi exonerado do cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, que ocupava desde 2012. Ele também havia sido afastado da área internacional da Petrobras por Graça Foster em 2012.

Cerveró é apontado como articulador da aquisição da refinaria de Pasadena e autor do “resumo executivo” apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras, em 2006, para embasar a avaliação da compra. Ao justificar o seu aval à compra da refinaria, Dilma Rousseff classificou o relatório como “falho” e “incompleto”. Pasadena, que havia sido adquirida pela empresa belga Astra Oil por 42,5 milhões de dólares em 2005, acabou custando à estatal brasileira 1,2 bilhão de dólares.

A transação está sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União há pelo menos um ano. A Petrobras, entretanto, só abriu auditoria interna para apurar as denúncias na última segunda-feira, dois anos após as primeiras denúncias de irregularidades no negócio. Outro articulador da aquisição, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, está preso desde o dia 20 de março. Ele foi citado nas investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal, suspeito de receber propina em um esquema que desviou 10 bilhões de dólares.

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(com Estadão Conteúdo)

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