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Petrobras assume dívida de consórcio no Mato Grosso do Sul

Estatal adiantou R$ 356,7 milhões à UFN3, responsável pela construção de uma fábrica de fertilizantes da companhia em Três Lagoas

Por Da Redação
18 dez 2014, 11h48

A Petrobras adiantou 356,7 milhões de reais, que não foram quitados, ao consórcio UFN3, responsável pela construção de uma fábrica de fertilizantes da estatal em Três Lagoas (MS), na divisa com São Paulo. As antecipações deveriam ser pagas em futuras medições, mas o consórcio formado pela Galvão Engenharia (líder) e pela Sinopec Petroleum do Brasil entrou em insolvência, teve o contrato da obra rescindido pela Petrobras e não terá mais como quitar a dívida.

A posição da Petrobras está em recurso impetrado por seus advogados contra uma liminar concedida à construtora GDK, que era a antiga líder do consórcio e vendeu sua participação de 33% para a Galvão, mas não recebeu pelo negócio. Na liminar, o juiz determina que a Petrobras deposite em juízo 15,7 milhões de reais, a título de futuras medições, à GDK.

Segundo a Petrobras, há somente duas medições a serem pagas, mas esses recursos já estão bloqueados para quitar direitos trabalhistas de parte dos 5,3 mil operários demitidos e garantir a alimentação dos trabalhadores que ainda permanecem no canteiro da obra.

Por conta da situação de insolvência do consórcio, que teria dívida de 400 milhões de reais, a Petrobras anunciou a rescisão do contrato de construção da fábrica na semana passada. Na próxima segunda-feira, diretores da Petrobras se reúnem com representantes da Sinopec para tentar um ressarcimento dos prejuízos.

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Atraso – Enquanto isso, a unidade, que está orçada em 3,1 bilhões de reais e pretende ser uma das maiores plantas de fertilizantes nitrogenados do mundo, continua com as obras paralisadas. Segundo a Petrobras, a fábrica está com 80% das obras concluídas, mas a entrega, que já tinha sido adiada de setembro de 2014 para junho de 2015, não tem mais prazo para ser cumprida.

Com as obras paralisadas, trabalhadores ainda estão no canteiro tentando receber os acertos trabalhistas para voltar para casa. Nesta semana, a Justiça Trabalhista bloqueou 50 milhões de reais em equipamentos instalados no canteiro e passou a rastrear bens da Galvão em todo o país. Na quarta-feira, juízes trabalhistas informaram que pretendem recorrer à Justiça Federal de Curitiba para rastrear bens da Galvão na tentativa de conseguir recursos para pagar os trabalhadores. A reportagem não localizou representantes do consórcio. O escritório da empresa, em Três Lagoas, está fechado. A Petrobras não quis comentar o assunto.

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(Com Estadão Conteúdo)

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