Petrobras admite que avalia reajuste da gasolina
Diretor financeiro e de relações com investidores, Almir Guilherme Barbassa, afirma que a companhia trabalha com essa possibilidade
A Petrobras trabalha com a possibilidade de um reajuste de preços dos combustíveis. A informação foi prestada na noite desta terça-feira pelo diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Almir Guilherme Barbassa. Ele não revelou, porém, detalhes sobre esse aumento de preços. Barbassa fez a declaração a jornalistas durante comentários sobre o balanço do primeiro trimestre da petroleira, divulgado após o fechamento dos mercados.
Sobre as declarações recentes do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que haveria reajuste quando o petróleo tipo Brent (referência no mercado) batesse 130 dólares, Barbassa disse desconhecer o número. “Trabalhamos com a possibilidade (de reajuste) desde que o cenário mostre as condições. Temos feito análise do cenário do preço e mostrado ao conselho, que tem se mostrado confortável com a situação atual”, afirmou o executivo.
Mais cedo, nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dito que a gasolina não será reajustada.
Polêmica da gasolina – O lucro líquido da estatal referente ao primeiro trimestre de 2012 – que caiu 16% ante igual período de 2011, para 9,21 bilhões de reais – foi fortemente impactado pelo péssimo resultado da área de Abastecimento. Essa divisão teve prejuízo de 4,59 bilhões de reais entre janeiro e março ante um resultado negativo de 94 milhões de reais em igual intervalo do ano passado. Em outras palavras, a perda deu um salto de 4.782%. A explicação da empresa, explicitada em comunicado enviado ao mercado, é justamente a manutenção dos preços da gasolina na refinaria, ao passo que as cotações externas subiram em doze meses. Analistas acreditam em um reajuste de 10% do preço do combustível até julho.
(com Agência Estado)