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Pela 1ª vez desde 2010, Brasil não lidera geração de lucro do Santander

Filial brasileira respondeu por 19% do lucro total da instituição espanhola, o mesmo que a unidade do Reino Unido

Por Da Redação
3 fev 2015, 10h39

Após anos de liderança na geração de resultado entre as subsidiárias do Santander, a filial brasileira viu sua parcela cair ao longo dos últimos anos. Em 2014, o Brasil gerou 19% do resultado do grupo espanhol e empatou em termos porcentuais com o Reino Unido (UK). Em valores, porém, o lucro do Santander UK superou o Santander Brasil por 18 milhões de euros. É a primeira vez desde 2010 que a filial brasileira não foi a mais lucrativa para os espanhóis.

Em 2014, o lucro obtido no Reino Unido saltou 37,1% na comparação com o ano anterior, para 1,576 bilhão de euros (4,91 bilhões de reais). No Brasil, o contrário: resultado caiu 1,3%, para 1,558 bilhão de euros (4,85 bilhões de reais). O momento diferente das duas filiais fez com o lucro obtido em Londres ficasse 18 milhões de euros superior ao registrado em São Paulo. Em termos proporcionais, porém, os dois ainda estão empatados com 19% do lucro cada.

A retração do resultado da filial brasileira do Santander teve influência direta da variação cambial. O balanço diz que o lucro trimestral teria registrado ligeiro aumento de 0,8% na comparação com os três meses anteriores se fosse utilizado câmbio constante. Com esse mesmo parâmetro, o lucro do ano passado teria aumentado 8% ante o observado em 2013.

Durante o ano passado, o real se desvalorizou cerca de 10% na comparação com o euro. Segundo o balanço, o câmbio médio usado para a conta de resultados de 2014 foi de 3,1180 reais por euro. Em 2013, a moeda europeia valia 2,8520 reais, na média.

Crédito – A carteira de crédito ampliada do Santander, que inclui as outras operações com risco de crédito, ativos de adquirência e avais e fianças, totalizou 310,593 bilhões de reais no quatro trimestre, alta de 11% nos últimos doze meses. Na comparação com os três meses anteriores, o aumento foi de 6%.

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O patrimônio líquido do banco espanhol totalizou 50,453 bilhões de reais entre outubro e dezembro, queda de 5,6% sobre um ano antes. Na comparação com os três meses anteriores, houve variação negativa de 0,1%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 12,1% no quatro trimestre, depois de ficar em 11,6% no terceiro trimestre e em 10,5% em igual período do ano anterior. Já os ativos totais somaram 589,956 bilhões de reais ao final de dezembro, alta de 21,4% na comparação anual e de 14,6% na comparação trimestral.

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Brasil – Desde 2010, o Brasil foi a menina dos olhos do grupo Santander. Após a investida bilionária na privatização do Banespa e grandes aquisições posteriores como o ABN Amro Real, os espanhóis colheram os frutos durante o auge da crise financeira e a filial brasileira passou a ser uma verdadeira máquina de lucros. Desde o início da década, o país manteve o título de subsidiária que gerava o maior lucro para Madri.

Em 2011, um ano após o Brasil ter crescido 7,5%, o Santander Brasil gerou 28% do lucro do banco espanhol. Naquele ano, o resultado brasileiro equivalia a todas as demais filiais latino-americanas somadas ao Santander Alemanha. No mesmo período, o Santander Reino Unido gerou 12% do lucro global – pouco mais que o México que teve 10%.

Com o passar dos trimestres, a economia brasileira começou a dar sinais de cansaço e a fatia do Brasil no lucro passou a diminuir lentamente. Em 2012, a parcela passou para 26% e recuou mais uma vez para 23% em 2013. Em trajetória contrária, a filial britânica, que era comandada por Ana Patricia Botín – atual presidente do Santander, passou a mostrar força: 13% do lucro global em 2012 e 17% no ano seguinte.

A tendência continuou no ano passado. Em 2014, o lucro obtido no Reino Unido saltou 37,1% na comparação com o ano anterior, para 1,576 bilhão de euros. No Brasil, o contrário: resultado caiu 1,3%, para 1,558 bilhão. O momento diferente das duas filiais fez com o lucro obtido em Londres ficasse 18 milhões de euros superior ao registrado em São Paulo. Em termos proporcionais, porém, os dois ainda estão empatados com 19% do lucro cada.

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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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