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Para economistas do FMI, políticas neoliberais aumentaram desigualdade. Sim, do FMI

Em artigo, economistas do fundo reconhecem os pontos positivos da agenda neoliberal, mas apontam 'efeitos nocivos de longo prazo'

Por Da Redação
31 Maio 2016, 19h05

O neoliberalismo, ideologia econômica combatida pela esquerda, recebeu críticas de um de seus maiores defensores, o Fundo Monetário Internacional (FMI), em artigo publicado por três economistas. Em artigo, os autores sugerem que o receituário neoliberal prescrito para o crescimento econômico sustentável em países em desenvolvimento pode ter “efeitos nocivos” de longo prazo, como o aumento da desigualdade.

A nova consideração dá suporte a uma legião de críticas em países como Portugal e Grécia, que têm se submetido a políticas de austeridade previstas pelo FMI. “Os benefícios de algumas políticas que são uma parte importante da agenda neoliberal parecem ter sido um pouco exagerados”, disseram os economistas em texto publicado na edição de junho da revista Finance & Development.

Os autores, três membros do departamento de pesquisa do FMI, disseram que a abordagem tradicional para ajudar os países a reconstruir suas economias por meio de corte de gastos do governo, privatização, livre comércio e abertura de capital podem ter custos “significativos” em termos de maior desigualdade. “Em vez de gerar crescimento, algumas políticas neoliberais aumentaram a desigualdade, colocando em risco uma expansão duradoura”, argumentaram. “Mesmo que o crescimento seja o único ou principal objetivo da agenda neoliberal, os defensores dessa agenda devem prestar atenção nos efeitos de distribuição.”

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Embora os três economistas reconheçam pontos positivos na agenda neoliberal, eles destacam dois grandes problemas: a remoção de todas as restrições ao fluxo de capital e a rigidez orçamentária dos governos.

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Os economistas reconhecem as vantagens da abertura de capital em países em desenvolvimento, mas dizem que o fluxo pode ser de um capital de curto prazo, causando grande volatilidade nos mercados e aumentando as chances de quebra.

Segundo os autores, de 150 casos desde a década de 1980 de economias emergentes que tiveram um forte aumento dos fluxos de capital, 20% resultaram em crise financeira. Além disso, a abertura financeira gera um aumento considerável da desigualdade na população do país, segundo eles.

As políticas de austeridade, que frequentemente reduzem o tamanho do Estado, não somente “geram custos sociais substanciais”, mas também “prejudicam a demanda”, além de aprofundar o desemprego.

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(Com agência France-Presse)

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