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Para especialistas, plano para economia ainda não está claro

Para especialistas, ainda falta clareza sobre de que forma o governo pretende reequilibrar as contas públicas

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h43 - Publicado em 2 jan 2015, 10h32

Em seu discurso de posse na quinta-feira, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que será preciso “coragem” para implementar medidas que promovam os ajustes econômicos necessários para o país crescer e gerar mais empregos. Como já dito em entrevistas anteriores, o substituto de Guido Mantega já afirmou que vai priorizar o reequilíbrio das contas públicas. Mesmo assim, para especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, ainda há pouca clareza sobre de que forma o governo pretende resolver o rombo fiscal.

“Não há dúvida que a presidente Dilma vai fazer um ajuste ortodoxo de curto prazo”, afirmou o diretor de pesquisas para a América Latina da Goldman Sachs, Alberto Ramos. “O populismo em economia não funciona. Ajuste fiscal e ataque vigoroso à inflação são essenciais para a volta do crescimento.”

Em seu discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff também mencionou a necessidade de reduzir a dívida líquida em seu segundo mandato. “A nova equipe econômica deixou claro que sua atenção é com a dívida bruta. Ainda há uma dualidade de sinais de um lado e de outro”, disse o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. A dívida bruta do setor público, ao contrário da líquida, aumentou no primeiro mandato de Dilma e uma das razões é o volume grande de aportes do Tesouro nos bancos públicos e estatais.

A presidente reeleita também prometeu reduzir a burocracia, aumentar a competitividade e os investimentos. Além disso, ela afirmou que enviará ao Congresso uma proposta para criar um mecanismo de transição entre o Simples e os demais regimes tributários; e lançar a terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a segunda fase do Programa de Investimento em Logística. Outra bandeira anunciada é o estímulo ao mercado privado de crédito de longo prazo, um pleito antigo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além de Levy na Fazenda, Dilma também anunciou o nome de Nelson Barbosa no ministério do Planejamento e manteve Alexandre Tombini na direção do Banco Central. O trio terá a difícil missão de colocar a economia brasileira de volta ao trilho.

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Nesta sexta-feira, Levy participou da posse de Nelson Barbosa como novo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele aproveitou a ocasião para falar que só deve anunciar as novas medidas econômicas na semana que vem, quando, de fato, será encaminhado ao cargo.

Ele também comentou que não deverá falar a jornalistas na porta do ministério, algo que seu antecessor costumava fazer. “A não ser em situações excepcionais eu não devo dar notícias e entrevistas na porta do ministério”, disse ele, completando que “tanto quanto possível” seus anúncios serão marcados.

Levy, indicado em novembro para assumir o comando da política econômica do segundo mandato de Dilma, já anunciou que o governo fará um forte ajuste das contas públicas neste ano, para buscar um superávit primário equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

(Com agência Reuters)

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