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Banco Central tem prejuízo bilionário para conter dólar

Em 12 meses até agosto, perdas da autoridade monetária com programa de swaps cambiais, que dá proteção a empresas contra a alta do dólar, somam R$ 111,66 bilhões

Por Da Redação
1 out 2015, 12h23

Os prejuízos do Banco Central (BC) no programa de swaps cambiais, que dá proteção a empresas contra a alta do dólar, somam, em 12 meses até agosto, 111,66 bilhões de reais. O montante represente quase quatro vezes o déficit primário estimado no Orçamento do ano que vem e é equivalente a 14 vezes o superávit primário previsto para 2015, de 8,7 bilhões de reais. Os dados foram publicados em reportagem desta sexta-feira do jornal Valor Econômico.

Desde 8 de setembro, véspera do dia em que o Brasil perdeu o selo de bom pagador da agência Standard & Poor’s (S&P), o BC entrou no mercado 12 vezes. Dos 19,5 bilhões de dólares que liberou, efetivamente foram fechados negócios no valor de 9,961 bilhões de dólares. Essas intervenções foram feitas por meio de contratos de swap cambial, que são operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, e de leilões de linha, que são contratos de venda de dólar com o compromisso de recompra no futuro.

Teoricamente, o primeiro provê proteção a quem negocia em moeda estrangeira e o segundo funciona como um “empréstimo” ao oferecer recursos em espécie para honrar negócios, que depois são devolvidos à instituição. Apenas em swaps, a conta está em 4,131 bilhões de dólares.

O crescente custo fiscal dos swaps vem fomentando discussões sobre a política cambial do BC. Alguns defendem a venda das reservas para reduzir o custo fiscal do programa de swaps e evitar que o país sofra outro rebaixamento. A postura da autoridade monetária foi e continua sendo de defesa do programa. O chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, explicou que o programa tem o propósito de oferecer proteção ao setor privado.

“Isso minimiza os impactos sobre o setor produtivo, sobre a renda, produção, emprego e arrecadação. Esse é o propósito do swap, que não podemos perder de perspectiva, e ele tem contribuído nesse sentido”, disse.

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(Da redação)

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