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Fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil é suspensa

Segundo o Gama/BTG Pactual, que estruturou a fusão, a proposta está suspensa por conta da negativa do Casino; documento destaca, no entanto, que a suspensão é temproária

Por Da Redação
12 jul 2011, 20h04

O empresário Abílio Diniz, contudo, deixou claro a seus advogados que não desistirá. Ainda que não consiga concretizar a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil, ele tentará, até o final, manter-se no controle da varejista brasileira

O Gama/BTG Pactual – fundo de investimento que receberia recursos de investidores para incorporar o Grupo de Pão de Açúcar na operação de fusão da varejista com a unidade brasileira do Carrefour – divulgou nesta terça-feira nota em que afirma que a proposta de fusão entre as redes varejistas está temporariamente suspensa.

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada em decorrência da manifestação, divulgada na manhã desta terça-feira, do Conselho de Administração do Casino, que é sócio da família Diniz no controle do Pão de Açúcar. O grupo francês rejeitou por unanimidade os termos da operação.

O Gama/BTG Pactual revela, no entanto, que está disposto a manter um diálogo aberto com as empresas envolvidas no projeto, por ora, frustrado. Ressalta que, desde sempre, a proposta foi amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes. O grupo Casino, no entanto, repetiu seguidamente que a ação de Diniz, e seus parceiros estratégicos, era ilegal, chegando a classificar a operação de “hostil”.

Por fim, a nota divulgada pelos investidores reitera a confiança do grupo na proposta apresentada em 28 de junho. O projeto, segundo o Gama, é tratado como uma “oportunidade excepcional para ambos os grupos” (Pão de Açúcar e Carrefour), além do próprio Casino.

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Também nesta terça-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, por meio de um comunicado, que retirou o apoio financeiro à proposta de fusão entre os grupos Pão de Açúcar e Carrefour “em função do não atendimento às condições estabelecidas”. A condição do banco era justamente o “entendimento entre todas as partes envolvidas”, o que não se concretizou. O braço de participações do banco, o BNDESPar, aportaria 4 bilhões de reais na operação. O Grupo Pão de Açúcar, procurado pela reportagem de VEJA, disse que não comenta a operação por ser alvo dela e não parte do processo.

Abílio não desistirá – O site de VEJA apurou que Abílio Diniz deixou claro, logo pela manhã, ao time de advogados que o assessora que não desistirá de seus objetivos. Tão logo saiu da reunião do conselho de Casino, em Paris, o empresário deu ordem a interlocutores para suspender a proposta, mas apenas temporariamente.

A intenção do executivo é refazer o projeto, atraindo desta vez investidores privados – que estão sendo sondados pelo Gama/BTG Pactual, em substituição ao BNDES. Ele afirmou a assessores que não descansará enquanto não ver aprovada a operação entre o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour Brasil. Ainda na hipótese de não conseguir concretizar este plano, Abílio enfatizou que tentará até o final manter-se à frente do Pão de Açúcar – posição que perderá em 2012 por força do acordo de acionistas, que prevê a passagem do comando ao sócio francês, o Casino.

Para fazer valer suas intenções, o empresário decidiu que todo o time de advogados com quem trabalhou nos últimos dias continuará. Diniz acredita que o acordo de acionistas possui brechas que podem ser questionadas com o intuito de manter-se no controle da rede varejista. Na avaliação dele, como o documento foi feito de forma amigável entre a família Diniz e o Casino – que dividem o controle da Wilkes, a holding que é dona da empresa -, é natural que haja pontos que possam ser discutidos. A ordem agora, na equipe que assessora a família Diniz, é destrinchar cada frase do acordo de acionistas em busca destes pontos que Abílio espera que possam ser reavaliados.

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