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Operação Lava Jato pode prejudicar futuro de concessões

Com os principais candidatos de leilões de infraestrutura no alvo das investigações, novas concessões em infraestrutura ficam ameaçadas

Por Da Redação
18 nov 2014, 09h04

Os desdobramentos das prisões de executivos de grandes construtoras na operação Lava Jato ainda são incalculáveis, mas uma coisa é certa: as novas concessões em infraestrutura estão em xeque. Isso porque os principais candidatos dos eventuais leilões são justamente as empresas que agora estão enredadas na investigação. Com isso, fica comprometida a grande aposta da presidente Dilma Rousseff (PT) para puxar o crescimento em seu segundo mandato.

“Pode ter problema nas coisas novas”, disse um executivo do setor de construção pesada. Isso significa um buraco potencial de pelo menos 9,7 bilhões de reais nas contas de 2015. A previsão era arrecadar, no ano que vem, 7,1 bilhões de reais em bônus de assinatura pela exploração de áreas do pré-sal e outros 2,6 bilhões de reais com concessões de aeroportos. O governo não anunciou quais seriam, mas estão cotados os de Recife, Salvador, Vitória e Porto Alegre.

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Pode ficar prejudicado também todo o programa de concessão de ferrovias, que estava em preparação para começar em 2015. Esse, porém, já tinha perspectiva de atraso por causa de insegurança das construtoras quanto ao modelo proposto. A concessão de quatro novos lotes rodoviários também deve sofrer impacto. A expectativa das construtoras é de que os contratos em andamento com o governo federal não sejam atingidos. Isso, porém, depende do andamento das investigações.

As nove construtoras que hoje estão na berlinda são as maiores do país, responsáveis por boa parte dos 221,7 bilhões de reais que o setor da construção civil faturou em 2013. Elas estão em todos os grandes projetos do governo e na maior obra em infraestrutura do país, a refinaria Abreu e Lima, orçada em 37,4 bilhões de reais e centro da operação Lava Jato. Seja como prestadoras de serviços ou sócias de consórcios, elas também atuam diretamente em projetos estruturais, como a construção da hidrelétrica Belo Monte, no Pará, uma obra de 30 bilhões de reais.

(Com Estadão Conteúdo)

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