Omnicom e Publicis cancelam fusão de US$35 bilhões

O negócio, que criaria a maior agência de publicidade do mundo, naufragou por questões que iam desde a complexa estrutura fiscal às culturas divergentes das companhias

Por Da Redação
9 Maio 2014, 14h25

Presidente-executivo da Omnicom John Wren e chefe executivo da Publicis Group, Maurice Levy (Shannon Stapleton/Reuters/VEJA)

A fusão de 35 bilhões de dólares da norte-americana Omnicom e a francesa Publicis caiu por terra nesta sexta-feira. Uma disputa pelo controle destruiu os planos de criar a maior agência de publicidade do mundo.

O acordo, anunciado em julho como uma fusão de iguais que permitiria que as duas agências competissem com maior eficácia na arena digital, fracassou por questões que iam desde sua complexa estrutura fiscal às culturas divergentes das companhias.

Os dois lados também estavam perdendo grandes trabalhos, mais de 1,5 bilhão de dólares apenas no mês passado, e não queriam deixar a incerteza continuar. “Não consegui convencer John de que equilíbrio é equilíbrio”, Disse Maurice Levy, presidente-executivo da Publicis, sobre seu colega John Wren.

Fusão de agências esbarra em clientes e em autoridades

“A Omnicom queria pessoas deles para os cargos de presidente-executivo, vice-presidente financeiro e conselheiros gerais”, disse Levy. “Eu acho que ele foi longe demais. Eu não estava pronto para ceder este ponto.”

Continua após a publicidade

O presidente-executivo da Omnicom Wren disse que os dois lados não conseguiram encontrar um modo de superar as fortes culturas corporativas existentes em cada empresa. “Não houve apenas um único fator”, disse Wren.

Duas pessoas familiarizadas com a situação disseram que as relações entre os dois lados começaram a azedar em dezembro, com tensões começando a se desenvolver entre Levy e Wren e com o francês acreditando que o acordo estava se tornando uma aquisição em vez de uma fusão.

(com agência Reuters)