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Oi e Portugal Telecom assinam acordo para fusão

Operação criará a CorpCo, multinacional com cerca de 100 milhões de clientes

Por Da Redação
2 out 2013, 08h07

A Oi e a Portugal Telecom anunciaram nesta quarta-feira que chegaram a um acordo preliminar para fusão de suas operações, que prevê um aumento de capital de ao menos 7 bilhões de reais na operadora brasileira. A operação criará a CorpCo, uma multinacional com cerca de 100 milhões de clientes e 30 000 funcionários. A fusão permitirá a captura de sinergias da ordem de 5,5 bilhões de reais nos quatro países em que o grupo atua. A sede da nova empresa será no Rio de Janeiro e o presidente do grupo será Zeinal Bava, até agora presidente-executivo da Oi. O nome CorpCo é temporário, informam as empresas.

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Especulações sobre a mudança de controle na Oi ganharam corpo depois que o conselho de administração da Telemar Participações, empresa controladora da Oi, confirmou que o então presidente Francisco Valim Filho deixaria o cargo. A notícia havia sido antecipada pela coluna Radar, de Lauro Jardim, em janeiro deste ano.

Pouco depois, a coluna também antecipou que os empresários Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, dos grupos Jereissati e Andrade Gutierrez, iniciaram negociações para a venda dos suas participações na Oi – de 19,35% cada um – para a Portugal Telecom, dona de 12,07% da holding. As conversas entre os grupos tiveram início em dezembro, em Lisboa. A coluna informou ainda que o BTG Pactual estava intermediando a negociação e que o valor total do acordo poderia chegar a 2 bilhões de reais.

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O acordo, anunciado nesta quarta, ocorre pouco após a Oi ter feito grande corte em sua política de dividendos, pressionada por uma dívida líquida de quase 30 bilhões de reais e necessidade de acelerar investimentos no país.

A Oi informou que a nova empresa terá uma dívida líquida proforma de 41,2 bilhões de reais, com uma relação dívida líquida/Ebitda de 3,3 vezes, o que ainda é considerado alto por analistas.

Segundo os termos do acordo, além da incorporação da Portugal Telecom, haverá um aumento de capital mínimo da Oi de 7 bilhões de reais, “com objetivo de alcançar 8 bilhões de reais, em dinheiro, com vistas a melhorar a flexibilidade do balanço da CorpCo”.

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As companhias afirmaram que os atuais acionistas da TelPart (Telemar Participações) e um veículo de investimento administrado e gerido pelo BTG Pactual, participarão da operação de aumento de capital com subscrição de cerca de 2 bilhões de reais.

Juntos – Em 2012, o faturamento das empresas juntas totalizou 37,453 bilhões de reais, segundo apresentação da Oi enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 12,77 bilhões de reais. Dos 100,2 milhões de clientes combinados, 22,3 milhões são clientes residenciais (entre linhas de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura), 53 milhões de telefonia móvel e 11,3 milhões de corporativos.

A CorpCo terá ações listadas no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, na bolsa de Nova York e na NYSE Euronext Lisbon. A Oi será uma subsidiária integral da CorpCo, que vai incorporar a Portugal Telecom. Cada ação ordinária da Oi será substituída por 1 ação ordinária da CorpCo. No caso dos papéis preferenciais, cada 1,0857 ação preferencial da Oi será substituída por 1 ação ordinária da CorpCo. Em paralelo, cada ação da Portugal Telecom será substituída por 0,6330 ação da CorpCo mais 2,2911 euros em ações da CorpCo ao mesmo preço do aumento de capital.

Atualizado às 11h45

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(Com agência Reuters)

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