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OGX tem novo tombo e fecha pregão com perda de 19,52%

Mau desempenho das ações ordinárias da petroleira de Eike Batista ocorre somente um dia após queda de 25% nas cotações

Por Da Redação
28 jun 2012, 17h04

O preço da ação ordinária da LLX caiu 10,31%, enquanto a cotação da MMX recuou 17,91%

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, fechou em queda nesta quinta-feira, pressionado por um novo tombo da petroleira OGX e pelo clima de aversão ao risco nos mercados internacionais. Os investidores – que já se mostravam céticos com as perspectivas da cúpula da União Europeia, que se inicia nesta quinta-feira, e preocupados com a situação dos bancos – foram surpreendidos por uma nova onda de venda das ações da petrolífera do bilionário brasileiro Eike Batista.

A ação ordinária (ON) da OGX, que abriu o pregão em queda de cerca de 6%, ampliou as perdas ao longo do dia. Os papéis chegaram a ceder 23% no meio da tarde, passando por leve recuperação no final do dia. As ações OGX ON fecharam o pregão com desvalorização de 19,52%, para 5,03 reais. O valor da ação já havia caído 25% nesta quarta.

Ibovespa – O Ibovespa recuou 0,86%, para 52.652 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,37 bilhões de reais. Ao longo do dia, os investidores também continuaram a se desfazer de outros papéis do grupo de Eike Batista. O preço da ação ordinária da MMX (a mineradora do empresário) recuou 17,91%, enquanto a cotação da LLX (companhia de logística de Eike) caiu 10,31% – respectivamente, a segunda e a terceira maior queda entre os papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa.

Análise – “O mau humor do mercado com as ações do grupo continua forte”, disse o analista Erick Scott, da SLW Corretora. “A tendência é que o papel continue pressionado até que a empresa mostre resultados condizentes ou acima da expectativa.”

Os esforços do bilionário Eike Batista para acalmar investidores na noite desta quarta, por meio de uma teleconferência para explicar as estimativas de produção da OGX, surtiram pouco efeito e o mercado continua questionando as bases do programa de crescimento das empresas ‘X’. “Isso (a teleconferência) não adiantou, porque esse novo dado colocou em xeque a credibilidade do grupo”, afirmou Scott.

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OGX ainda confia em extrair 110 milhões de barris de Tubarão Azul

Tubarão Azul – Na noite de terça, a OGX divulgou comunicado dizendo que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa no campo Tubarão Azul (antigo Waimea), na bacia de Campos, é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia – um volume muito menor que o estimado no início da sua perfuração em janeiro, entre 10 mil e 18 mil barris/dia. No começo do ano, a empresa chegou a prometer uma produção entre 40 mil e 50 mil barris diários ainda em 2012, mas adiou essa meta para o segundo trimestre de 2013. No comunicado de terça, a OGX disse que mais dois poços produtores e dois poços de injeção de água serão interligados nos próximos doze meses para aumentar gradativamente a produção de óleo do campo de Tubarão Azul.

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Relatórios – A divulgação da notícia sobre Tubarão Azul desencadeou uma onda de rebaixamentos de perspectivas por analistas de mercado. “Acreditamos que o baixo nível de produção em relação às expectativas coloca em dúvida todas as premissas por trás de todo o programa de crescimento da OGX”, escreveu a equipe de análise do Bank of America Merrill Lynch em relatório. O BofA Merrill Lynch cortou o preço-alvo para a ação da OGX de 19,50 reais para 7,30 reais e reduziu a recomendação de “neutra” para “underperform” (abaixo da média do mercado).

No mesmo tom, o JPMorgan disse que o volume para os poços do campo de Tubarão Azul causa “grande incerteza sobre o potencial de petróleo recuperável” da OGX. Dependendo do sucesso de futuras perfurações e da capacidade de extração do óleo, o JPMorgan vê impacto negativo de 10% a 70% sobre o valor justo que atribui à OGX.

Confiança – Apesar da vazão menor, a OGX informou que continua confiante na recuperação dos 110 milhões de barris de óleo do campo de Tubarão Azul. A estimativa para todo o complexo de Waimea – que envolve outros campos – permanece entre 500 milhões e 900 milhões de barris.

(com Reuters)

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