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OCDE piora previsão de recessão no Brasil em 2015

Em relatório, entidade aumentou a estimativa de encolhimento da economia brasileira de 0,5% para 0,8% neste ano

Por Da Redação
3 jun 2015, 13h45

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) piorou as previsões econômicas para o Brasil em relatório divulgado na manhã desta quarta-feira, em Paris. O documento prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter contração de 0,8% este ano, pior que a expectativa de recessão de 0,5% divulgada na atualização do cenário de março. Há menos de um ano, em novembro de 2014, a OCDE previa que o Brasil cresceria 1,5% em 2015.

Além de apostar em recessão ainda mais acentuada no país este ano, a entidade piorou a estimativa para o crescimento esperado em 2016. No ano da Olimpíada no Rio de Janeiro, o país deve deixar a recessão e crescer 1,1%. Em março, a entidade apostava em expansão ligeiramente maior, de 1,2%. Em novembro do ano passado, o cenário contemplava 2%.

“A economia será afetada negativamente em 2015 pelos baixos níveis de confiança, menor investimento no setor de petróleo e gás e obstáculos gerados pelo aperto da política macroeconômica”, diz o documento. Nos componentes do PIB, a OCDE prevê forte contração de 3,7% na formação bruta de capital fixo – indicador que indica o nível de investimento na economia. A queda se soma à contração de 4,3% já observada no ano passado. O consumo do governo cairá 1,5% este ano e o aumento do crescimento das famílias será de apenas 0,6%.

Impasse – No relatório anual, a entidade, que reúne mais de 30 países que estudam políticas para o desenvolvimento, faz uma análise crítica da economia brasileira nos últimos trimestres. Para a entidade, o Brasil chegou “a um impasse” em 2014 com a queda dos preços das commodities, piora de alguns gargalos da economia e aumento da incerteza política.

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Além disso, a OCDE aponta para a contradição entre a política monetária e os gastos do governo. “Enquanto a política monetária era apertada, a política fiscal entregava um razoável estímulo. Na prática, muitas das medidas fiscais falharam em apoiar o crescimento efetivamente e ainda reforçaram algumas distorções existentes”, diz o relatório.

Enquanto isso, a falta de crescimento econômico e a alta inflação fizeram com que a confiança de consumidores passasse a cair rapidamente. Pesaram ainda as investigações de corrupção e as discussões sobre a possibilidade de rebaixamento da nota de crédito do Brasil. “A deterioração da competitividade internacional e as incertezas políticas também afetaram as condições de fazer negócios e derrubaram a confiança dos investidores e, portanto, levaram a uma contração do investimento”, diz o documento.

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(Com Estadão Conteúdo)

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