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Obras paradas elevam desemprego pelo Brasil

Pesquisa da Comissão de Obras Públicas, da CBIC, mostra que 68% dos projetos de suas associadas estão parados ou em ritmo lento

Por Da Redação
7 set 2015, 12h39

Sondagem feita pela Comissão de Obras Públicas (COP), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que 68% das obras de suas associadas estão em ritmo lento ou totalmente paradas. Os empreendimentos – que somam 52 obras – estão espalhados por todos os setores e variam entre restauração e pavimentação de estradas, melhorias em portos, expansão de ferrovias, construção de prédios públicos, escolas e obras de saneamento básico. Além de deixar um rastro de abandono, a paralisação provocou milhares de demissões em diversas empresas, que estão com baixo fôlego financeiro para manter obras em dia.

Além da Operação Lava Jato, que comprometeu a vida financeira de algumas construtoras, o pano de fundo para as paralisações é o ajuste fiscal do governo e sua incapacidade para tocar investimentos cruciais para a retomada econômica. A grande reclamação do setor é o atraso no pagamento de obras executadas ou simplesmente a falta de recurso para dar continuidade ao empreendimento. Mas há todo tipo de problema, como dificuldade dos governos para fazer desapropriações necessárias e conseguir as licenças ambientais.

“Não lembro de ter vivido situação semelhante nos últimos 30 anos”, diz o diretor da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Carlos Eduardo L. Jorge, integrante da COP. Segundo ele, o impacto da crise econômica se acentuou numa velocidade tão grande que está deixando o setor sem rumo. Do ano passado pra cá, o segmento de construção demitiu um terço da sua força de trabalho – cerca de 700 mil trabalhadores, segundo o presidente da Apeop, Luciano Amadio. “O pior é que a previsão não é de melhora. Outras também vão parar nos próximos meses.”

Na lista das 19 grandes obras que estão totalmente paradas, estão o lote 7 da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), entre Ilhéus e Barreiras, na Bahia; a ampliação e restauração da MG-155 e a ponte sobre o Rio Itaúnas, no Espírito Santo. No lote 5, que também está praticamente parado, cerca de 1,1 mil trabalhadores foram demitidos, sendo que apenas 900 deles receberam todos os direitos trabalhistas. Outros 300 continuam empregados, mas sem receber salários.

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(Com Estadão Conteúdo)

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