Obama e Joe Biden se reunirão com senadores para tentar resolver impasse
Estados Unidos têm até a próxima quinta para evitar calote; FMI alerta para recessão global
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o vice-presidente Joe Biden se reunirão com líderes do Congresso nesta segunda-feira para discutir o impasse sobre como aumentar o teto da dívida e por um fim à paralisação do governo.
A Casa Branca informou que a reunião ocorrerá às 16h (horário de Brasília). Estarão presentes o líder da maioria no Senado, Harry Reid, o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, os principais republicanos em Washington, e a líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi.
A Casa Branca disse que, com o tempo se esgotando, Obama deixará clara a necessidade de o Congresso agir e ressaltará que não será obrigado a aceitar as condições dos membros conservadores do Tea Party. O país atinge o limite de empréstimo na quinta-feira. Atualmente, o teto da dívida está em 16,7 trilhões de dólares.
“O presidente também deve reiterar nossos princípios aos líderes: não vamos pagar um resgate para o Congresso reabrir o governo e elevar o teto da dívida”, informou a Casa Branca. “O presidente continua a pedir que o Congresso aprove o projeto de lei que aumenta o teto da dívida e dá a certeza que nossos negócios e nossa economia precisam”.
Leia também:
Democratas e republicanos passam o domingo negociando – ainda sem acordo
Republicanos esperam acordo – Durante a manhã, o senador republicano Bob Corker afirmou que um acordo pode ser alcançado até o fim do dia. “Eu realmente acredito que as pessoas estão voltando para o assunto correto e espero que até o fim do dia nós tenhamos um acordo que faça sentido para o nosso país”, comentou em uma entrevista para o programa Today Show, da emissora NBC.
O senador reconheceu que alguns deputados da ala mais radical do seu partido, o Tea Party, exageraram ao querer repelir totalmente a reforma da saúde como condição para elevar o teto da dívida. “É uma estratégia que não gera frutos”, comentou.
Entretanto, ele também acredita que os senadores democratas exageraram ao querer elevar os gastos do governo para o ano fiscal de 2014, que começou este mês. Seria uma forma de reverter os cortes automáticos de gastos que entraram em vigor em março deste ano.
Não ficou claro, na fala de Corker, de onde viria o acordo. Mesmo que os senadores democratas consigam aprovar um projeto para elevar o teto da dívida por um prazo intermediário e reabrir o governo federal, essa proposta enfrentaria um grande obstáculo na Câmara, controlada pelos republicanos. Os deputados, por sua vez, já disseram que a responsabilidade de uma solução agora está nas mãos do Senado.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)