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Puxa-saquismo no trabalho perdeu a eficácia, aponta estudo

Pesquisadores da Universidade de Michigan apontam que os líderes empresariais de hoje são menos suscetíveis a elogios gratuitos das equipes que os cercam — apesar de serem o maior alvo dos puxa-sacos

Por Da Redação
3 abr 2015, 18h26

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Michigan e publicado recentemente pela Academy of Management Journal, a publicação acadêmica sobre gestão mais influente dos Estados Unidos, mostra que o poder de fogo dos puxa-sacos está diminuindo – em especial nas posições-chave das grandes empresas.

Os pesquisadores Jim Westphal e Guy Shani ouviram centenas de executivos que ocupam altos cargos em empresas americanas e constataram que justamente as pessoas mais influentes, ou seja, mais suscetíveis aos aduladores, não recebem positivamente elogios gratuitos no ambiente de trabalho.

“Um dos maiores desafios para os que querem ganhar posição de destaque entre os colegas é o que chamamos de ‘dilema do adulador’. Ocorre que pessoas muito influentes no campo dos negócios estão em alerta para detectar puxa-saquismo e elogios falsos justamente porque estão acostumadas com esse comportamento”, afirma Westphal.

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Isso não significa que os líderes de grandes empresas estejam imunes a profissionais adeptos aos exageros na hora de se relacionar com pessoas de um nível hierárquico acima do seu. Westphal afirma que ainda não há indícios em pesquisas empíricas que mostram que, no ambiente de trabalho, não exista espaço para adulação. O que Westphal apurou em sua pesquisa é a eficácia dessa estratégia. Segundo ele, os aduladores de plantão conseguem manter um bom relacionamento com os profissionais do topo, mas não conseguem se igualar a eles.

Uma outra estratégia de relacionamento no ambiente de trabalho, contudo, não é vista pelos grandes diretores como sinônimo de puxa-saquismo. Trata-se do que Westphal classifica de “cognição social autorregulada”. O termo técnico significa simplesmente a velha estratégia dos pontos em comum.

O s executivos entrevistados pelos pesquisadores se mostram arredios a elogios vindos de colegas ou subordinados, mas recebem com cordialidade a abordagem dos mesmos quando se trata de discussões sobre gostos similares. Esportes, literatura e música entram nessa lista – desde que não pareçam preferências falsas. “Quanto maior o cargo do executivo, melhor ele avaliou seus colegas ou subordinados que demonstravam sinceridade na hora de agir, tomar decisões ou conduzir conversas informais”, afirma o pesquisador.

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Os executivos relataram que, além do bom desempenho, as afinidades pessoais contam no momento em que precisam escolher colegas para participar de comitês influentes dentro de uma empresa, como o comitê financeiro, o de remuneração e o fiscal.

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