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Novo rebaixamento pode fazer Brasil perder até US$ 20 bi em investimentos

Nesta quarta, Fitch tirou selo de bom pagador do país, três meses depois de decisão similar tomada pela agência Standard & Poor's

Por Da Redação
16 dez 2015, 12h34

O novo rebaixamento da nota de crédito do país, anunciado nesta quarta-feira pela agência de classificação de risco Fitch, pode fazer o Brasil perder até 20 bilhões de dólares em investimentos, segundo cálculos de gestores e economistas. Com o corte da nota, o Brasil deixou de figurar na lista de bons pagadores na escala da Fitch. A primeira agência a rebaixar a avaliação do país foi a Standard & Poor’s, em setembro.

A fuga dos recursos ocorre de maneira compulsória. Muitos investidores de peso, como os grandes fundos de pensão americanos, exigem em seus estatutos que seus administradores só apliquem os recursos desses fundos em países e ações de empresas que recebam o selo de bom pagador (ou investment grade) de pelo menos duas das três grandes agências de rating. Como a Fitch é a segunda a rebaixar o Brasil para o chamado grau especulativo, a saída dos recursos independe da vontade de seus gestores.

A gestora britânica Ashmore calculou, em setembro, que 16 bilhões de dólares poderiam deixar o Brasil em caso de segundo rebaixamento. Em relatório, a empresa estimou que 8 bilhões de dólares já haviam sido realocados depois de o país ser rebaixado pela S&P. Cálculo do banco de investimentos JP Morgan estimava a fuga em 20 bilhões de dólares.

O Deustche Bank, por sua vez, estimou a fuga de capitais em 12 bilhões de dólares. O cálculo do banco alemão foi apresentado depois que a agência Moody’s, na última quarta-feira, pôs o Brasil sob perspectiva negativa, o que indica que a nota brasileira pode ser rebaixada no curto prazo também na escala da empresa.

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Às 13h25, quando a Fitch já havia anunciado sua decisão, o dólar estava em alta de 1,69%, sendo negociado por 3,94 reais. O Ibovespa, por sua vez, estava em baixa de 0,45%, a 44.669 pontos. A alta da moeda americana e a queda da Bovespa ocorrem também como reação à notícia de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já teria acertado sua saída do governo. O ministro negou. O dólar já estava em alta antes do anúncio da Fitch.

Leia mais:

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