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Novo banco cria ‘rede de proteção’ para Brics, afirma Dilma

Presidente afastou ideia de que abrirá mão do FMI e disse que interesse é "democratizar" a instituição financeira internacional

Por Jean Philip Struck, de Brasília
16 jul 2014, 13h50

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira a criação do Banco dos Brics e destacou a importância da instituição para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Acho que o banco é extremamente relevante para esses cinco países. Muda as condições de financiamento e cria uma rede de proteção.”

No segundo dia da VI Cúpula dos Brics, na terça-feira, em Fortaleza, foi anunciado que o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) terá sede em Xangai e presidência indiana. Com a nova instituição, o grupo de emergentes expressa o desejo de “reduzir a dependência” de instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial, comandadas por europeus e americanos.

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Nesta quarta-feira, a presidente voltou a afastar a ideia de que, com a nova instituição, o Brasil vá abrir mão do FMI. “Nós não temos o menor interesse em abrir mão do Fundo Monetário. Pelo contrário, nós temos interesse em democratizá-lo, torná-lo mais representativo. O novo banco dos Brics não é contra, ele é a favor de nós. É uma postura completamente diferente, e terá sempre uma postura diferenciada em relação aos países em desenvolvimento.”

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O encontro entre Dilma, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e da África do Sul, Jacob Zuma; e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também definiu o tempo de mandato da presidência do NBD, fixado em cinco anos. A presidência da instituição será rotativa e o Brasil indicará o próximo chefe, após a Índia. A China, por ser a sede do banco, será o último país a presidi-lo. Questionada mais uma vez nesta quarta sobre a negociação em torno da presidência do NBD, uma vez que o Brasil estava cotado para assumir o posto, Dilma considerou “inadequado” falar em derrota. “O Brasil não cedeu (a presidência) porque não era dono”, afirmou.

O Brasil ficará com a presidência do conselho de administração, enquanto o presidente do conselho de governadores será russo. Haverá ainda uma subsidiária africana para o banco, chamada de Centro Regional Africano do Novo Banco de Desenvolvimento, que será estabelecida na África do Sul.

Na manhã desta quarta, a presidente recebeu em Brasília o primeiro-ministro da índia para um encontro bilateral e assinatura de acordos. A agenda da cúpula dos emergentes desta quarta-feira inclui a participação de mandatários sul-americanos.

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