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Nova metodologia deixou IPCA dentro da meta

Estatísticas por trás do número oficial divulgado pelo governo mostram um quadro um pouco mais preocupante segundo o ex-diretor do Banco Central

Por Da Redação
10 jan 2013, 18h01

Apesar de a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao longo de 2012, de 5,84%, ter ficado dentro do intervalo de tolerância do regime de meta (2,5% a 6,5%), e em queda na comparação com 2011 (6,5%), fato comemorado pelo governo, as estatísticas por trás do número oficial mostram um quadro um pouco mais preocupante. Segundo o ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, sócio diretor da Schwartsman & Associados, o declínio do indicador de preços resultou principalmente das mudanças na metodologia de cálculo do índice feito pelo IBGE, no ano passado.

Uma simulação do IPCA de 2012 usando os mesmos pesos e critérios válidos em 2011 aponta que o índice seria de 6,54%, caso a metodologia anterior ainda estivesse valendo. O dado, além de representar alta sobre o ano anterior, mostraria ainda o rompimento do limite superior da meta de inflação oficial do governo.

As mudanças metodológicas foram definidas pelo IBGE com base nos novos padrões de consumo dos brasileiros detectados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. A última atualização do IPCA havia sido feita em 2006.

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O economista faz questão de ressaltar que isso não significa que o IBGE quis propositadamente apresentar um número menor do que o real por meio de mudanças nos cálculos, mas sim mostrar que não há um processo desinflacionário em curso no País.

“Apesar do crescimento medíocre da economia, não há como detectar um processo de queda da inflação, a não ser pela contribuição das mudanças metodológicas e também da redução dos impostos dos carros”, diz Schwartsman em relatório.

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Na sua visão, a perspectiva continua desfavorável. “Com o crescimento da economia devendo se acelerar e o mercado de trabalho ficando mais apertado em 2013, a inflação deverá acelerar, mesmo com a contribuição da queda dos preços de energia.”

Mesmo em meio a esse cenário, ele não acredita em mudanças nas políticas monetárias adotadas pelo Banco Central até então. O BC se reúne na próxima semana para decidir a taxa Selic.

(com Estadão Conteúdo)

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