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Nova diretoria do Panamericano se diz surpresa com o refinamento da fraude

Executivos que assumiram a gestão do banco afirmam que diretoria antiga usava técnicas contábeis complexas para esconder rombo

Por Beatriz Ferrari
16 fev 2011, 11h16

“Era uma obra de inteligência. Não foi fácil desarmar”, afirmou Celso Antunes, diretor superintendente do Panamericano

A nova diretoria do Banco Panamericano afirmou nesta terça-feira que se surpreendeu com o refinamento das técnicas contábeis utilizadas pela antiga diretoria para esconder o rombo gerado por operações fraudulentas. A perda total, confirmada pelo balanço divulgado na madrugada desta quarta-feira, foi avaliada em 4,3 bilhões de reais. “Era uma obra de inteligência. Não foi fácil desarmar. Havia um alto grau de automação e poucas pessoas envolvidas”, relatou Celso Antunes, diretor superintendente do banco, nesta quarta-feira. Ele reuniu a imprensa para falar sobre os resultados financeiros da empresa referentes à dezembro de 2010.

O executivo assumiu o cargo juntamente com outros sete diretores em 9 de novembro, após a divulgação do rombo, na ocasião avaliado em 2,5 bilhões de reais. O novo comando do Panamericano acredita que, além de toda a diretoria antiga, outras duas ou três pessoas estariam envolvidas na fraude contábil. No entanto, “40 funcionários antigos sob suspeita foram substituídos”, disse Antunes.

Ao explicar as alterações realizadas no âmbito da governança corporativa, Antunes afirmou que a parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF) começou efetivamente somente após a divulgação da perda de 2,5 bilhões de reais, em novembro, com a vinda de cinco diretores da instituição. A compra de 35% do banco do Grupo Silvio Santos pela CEF ocorreu, contudo, em novembro de 2009 e teve sua aprovação por parte do Banco Central em julho do ano passado.

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Sobre o balanço divulgado nesta terça-feira, a nova administração da instituição financeira alertou que os números anteriores a esta contabilidade são inconsistentes e que, portanto, os investidores devem se fixar nos resultados de agora em diante. “É como se o banco tivesse renascido”, explica o diretor.

Crescimento – Com novo controlador, o BTG Pactual, e apoio da Caixa, o Panamericano espera voltar a crescer e sanar contas. A diretoria afirmou que “não há qualquer possibilidade” de descoberta de falhas adicionais na contabilidade, e que, se for preciso, será feito um novo depósito para enquadrar o banco nas regras do acordo de Basileia (que regulamenta as atividades dos bancos comerciais).

O BTG e a Caixa se comprometeram a garantir liquidez ao Panamericano com pelo menos 14 bilhões de reais.

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